EUA impõem sanções contra o presidente venezuelano e chama  Maduro de ditador

Na prática, quem assume o prejuízo de quase R$ 1 bilhão é o governo brasileiro

Internacional – O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (31) sanções contra o presidente da VenezuelaNicolás Maduro. Segundo comunicado, todos os ativos de Maduro que estejam sujeitos à jurisdição dos EUA estão congelados, e todos os americanos estão proibidos de fazer negócios com ele. Ao anunciar as sanções, as autoridades americanas chamaram Maduro de ditador.

“As eleições ilegítimas de ontem [domingo] confirmam que Maduro é um ditador que ignora a vontade do povo venezuelano”, disse o secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin, ao anunciar que todos os ativos do mandatário “sob a jurisdição dos Estados Unidos estão congelados”. Mnuchin disse ainda que os EUA consideram aplicar mais sanções contra venezuelanos.

O conselheiro de Segurança Nacional de Trump, general McMaster, disse: “Maduro não é apenas um líder ruim, ele agora é um ditador”.

As sanções são anunciadas um dia após a eleição para a Assembleia Constituinte na Venezuela, a qual os EUA já tinham manifestado sua oposição. Em comunicado no dia 17 de julho, o presidente Trump havia dito: “Se o regime de Maduro impuser sua Assembleia Constituinte no dia 30 de julho, os EUA vão aplicar fortes sanções econômicas”.

Questionado pela correspondente da GloboNews em Washington, Raquel Krähenbühl, sobre se os EUA acreditam que a Venezuela está caminhando para um golpe de Estado, McMaster disse que não se trata de um golpe, mas de uma opressão violenta.

“O que estamos vendo na Venezuela não é um golpe. O que estamos vendo é a opressão brutal do povo venezuelano”, disse McMaster. “Então, fica claro se você contrastar o comparecimento do referendo da oposição com os baixos números de comparecimento na farsa associada à Assembleia Constituinte, você vê quais são os reais desejos do povo venezuelano”.

A Assembleia Constituinte será formada por 545 deputados, que vão reescrever a Constituição do país. Segundo Maduro, a medida trará paz à Venezuela. Para a oposição, o objetivo é manter Maduro no poder. Dez pessoas morreram durante a votação e ao menos 58 foram detidas.

Enquanto o governo diz que 8 milhões de venezuelanos foram às urnas eleger os deputados que redigirão a nova Constituição (41,53% dos eleitores venezuelanos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral), a oposição afirma que foram 2,5 milhões (12,4% de participação, segundo a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática).

Amazonianarede-GloboNews

 

 

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