Empresa de pesquisa americana abandona explosivos em extensa área de Tefé no ponto para detonação

Trabalhadores denunciam ainda atraso de salários de empresa norte-americana.

Tefé, AM –  área de pelo menos 30 quilômetros estaria tomada por explosivos prontos para serem detonados no município de Tefé, localizado a 522 Km de Manaus. A informação sobre a existência desse campo minado foi dada por funcionários de uma empresa de pesquisas de solo que atuavam na cidade.

Nesta segunda-feira (16), esses trabalhadores se reuniram em frente ao Ministério Público do Trabalho (MPT), aqui em Manaus. É que a empresa norteamericana que contratou essas pessoas decretou falência no mês passado e, segundo os funcionários, além de não pagar salários e rescisões, teria deixado as toneladas de explosivos no solo de Tefé.

Um vídeo feito no começo do ano mostra funcionários já enfrentando problemas por falta de recursos e alimentação. Em 26 de junho, chegou o comunicado de falência da empresa por e-mail.

Um total de 1.007 trabalhadores estão sem respostas. Deles, 200 já haviam sido demitidos e ficaram sem receber os direitos trabalhistas. Os outros 800 não receberam os salários de junho e não sabem como vão ficar as rescisões.

Cidade de Tefé,, na calha do rio Splimões

De acordo com os funcionários, a empresa Geokinetics desenvolve pesquisas de Geofísica do solo. A companhia prestava serviço para uma empresa russa que detém o direito de exploração de petróleo em Tefé, interior do Amazonas.

Para fazer a pesquisa de solo, a Geokinetics utiliza explosivos. E, como não houve nenhum aviso prévio antes do fechamento da empresa, os funcionários continuaram trabalhando em três linhas, cada uma com cerca de 10 Km.

Ninguém do MPT gravou entrevista com a Rede Amazônica, mas a assessoria do órgão informou que uma audiência foi marcada para 30 de julho. A reportagem tentou contato com a Geokinetics, mas não teve sucesso.

Em nota, o Exército informou que será aberto um processo administrativo para apurar a situação dos explosivos. A empresa responsável deverá contratar outra, com certificado de registro válido para efetuar a detonação dos explosivos presentes no terreno. A detonação será acompanhada por militares.

A nota diz ainda que os explosivos estão a 15 metros abaixo da superfície do solo, em uma área de difícil acesso, sendo possível chegar apenas de helicóptero.

Amazoninarde-Rede Amazônica

 

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