Desafiando a Justiça, invasores retornam a Cidade das Luzes

Invasores desobedecem a Justiça e Retornam a área invadida, denominada Cidade das Luzes
Invasores desobedecem a Justiça e Retornam a área invadida, denominada Cidade das Luzes
Invasores desobedecem a Justiça e Retornam a área invadida, denominada Cidade das Luzes

Manaus, AM – Nove dias depois de serem retiradas da invasão Cidade das Luzes, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, em cumprimento de mandado de reintegração de posse, mais de 1,5 mil famílias retornaram à Área de Proteção Ambiental  (APA), no início da noite desse domingo (20), dezenas de invasores retornaram a área invadida no Tarumã, denominada Cidade das Luzes.

Os invasores, sem resistência da Polícia Militar, entraram na área pelos fundos da antiga comunidade e, também, pela porta da frente. A decisão contraria os planos dos moradores, que afirmaram, na manhã de ontem, que não voltariam ao local.

Por volta das 21h era possível ver um clarão de queimada no meio da mata. A reportagem do EM TEMPO foi impedida de entrar no local, mas os moradores falaram com à reportagem e contaram que a situação na área era desumana.

Segundo a comunitária Neth dos Santos, 38, a ação de ocupação começou por volta de 18h30 deste domingo. Algumas famílias invadiram o terreno pelos fundos e outras passaram livremente pelo portão principal, onde estavam o guardas fazendo a ronda. “O dono do galpão onde estávamos alojados mandou que nos retirássemos do local porque ele iria precisar do espaço. Sem opção e apoio do poder público, a única alternativa foi retornarmos a nossa antiga moradia. Ja somos 1,5 mil famílias novamente instaladas e vamos resistir”, declarou a moradora.

“Temos aqui crianças, mulheres grávidas, senhoras idosas. Todas desesperadas porque não tinham onde morar. Há uma semana ninguém dorme direito”, comletou Neth.

Uma moradora, identificada apenas como Keyla, explicou que os moradores tiveram que sair do galpão cedido porque o empresário estaria trabalhando com produtos químicos e não poderia mais manter as famílias no local. “Esperamos ajuda do poder público, mas ninguém ajudou. Tivemos que deixar o terreno e não tivemos para onde ir”, disse.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, o órgão deverá aguardar as partes se manifestarem e a Justiça determinar o que os órgãos de segurança devem fazer. “Como sempre tenho dito, a Secretaria de Segurança Pública não é parte, só cumpre determinações judiciais. Infelizmente, a ordem judicial foi dada e cumprida, mas há cidadãos que insistem na mesma transgressão, desafiando não a polícia, mas a Justiça.

Na manhã de ontem, uma equipe do EM TEMPO esteve no local e encontrou vários moradores alojados em barracos improvisados no meio da rua. Entre os desabrigados estava a dona de casa Edina Leocádio Catique, 55. Ela morava na invasão há 2 anos.

Após a desocupação, sem ter para onde ir, foi obrigada a se abrigar com o esposo dentro de um barraco construído com lona, às margens da beira da estrada. “Eu estou vivendo na rua que nem um cachorro na beira da estrada. E as autoridades acabaram tirando o único bem que tínhamos, que era a nossa moradia. Agora estou aqui vivendo essa situação e não tenho lugar para morar como antes eu tinha”, lamentou Edina.

Amazonianarede´-EmTempi

 

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