Manaus, AM – O delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Mariolino Brito, e a corregedora-geral da Polícia Civil na Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, delegada Iris Trevisan, falaram durante coletiva de imprensa, realizada na manhã deste sábado (25/11), às 10h, no prédio da Delegacia-Geral, sobre o homicídio envolvendo o delegado de Polícia Civil, Gustavo de Castro Sotero, 41, em uma casa noturna, situada na avenida São Jorge, bairro São Jorge, zona oeste da cidade.
O advogado Wilson de Lima Justo Filho foi vítima de disparos de arma de fogo desferidos pelo policial civil. A vítima tinha 35 anos.
Conforme o delgado-geral, o caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), relatando que o crime ocorreu na madrugada deste sábado (25/11), às 2h40. Na ocasião, o delegado Gustavo efetuou disparos de arma de fogo, dos quais quatro atingiram o advogado.
Além de Wilson, outros três indivíduos, dentre eles a esposa da vítima, uma mulher de 31 anos, também foram atingidos pelos disparos, porém resistiram às lesões e foram encaminhadas ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, onde receberam o atendimento médico necessário. Os dois homens já receberam alta médica.
De acordo com Mariolino Brito, após o fato, o delegado foi conduzido ao 19º DIP, onde foi autuado em flagrante por homicídio doloso e lesão corporal. “A Policia Civil está consternada pelo ocorrido, pois ele representa um caso isolado envolvendo a instituição.
Todos os procedimentos cabíveis foram instaurados, e o delegado foi flagranteado e será encaminhado à Audiência de Custódia ainda na tarde de hoje. Essa situação não representa a conduta dos policiais civis, por isso está sendo realizada uma apuração exemplar na forma da Lei”.
Procedimento administrativo
Segundo a corregedora-geral, o procedimento administrativo já foi adotado pela instituição, onde foi determinado a instauração do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), que tratam de casos mais graves que envolvem servidores dos órgãos de segurança pública.
“A Corregedoria toma bastante cuidado com os procedimentos durante o seu processamento, ouvindo todas as partes envolvidas, analisando todas as provas materiais, para que não incorra nulidade futura. Após a conclusão do PAD, pode ocorrer uma punição, a nível de suspenção, advertência ou demissão”, explicou Trevisan.
OAB-AM acompanha caso
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas (OAB), Marco Aurélio Choy, presente na coletiva de imprensa, comentou que a OAB está acompanhando o caso e vai se habilitar na ação penal.
“A Policia Civil vem realizando um trabalho de forma apurada. É uma questão que o poder público está acompanhando, e me parece ser um caso absolutamente isolado, que não macula o bom trabalho da atividade policial”, comentou Choy.
Amazonianarede-SSP