Corpos dos jornalistas mortos em acidente aéreo da Chape velados no Rio

 

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Balões brancos em homenagem às vítimas do acidente da Chapecoense

Rio – Os três jornalistas da TV Globo que morreram na queda do voo que transportava a delegação da Chapecoense do Brasil para a Colômbia foram velados neste sábado (2).

Os corpos do repórter Guilherme Marques, do produtor Guilherme Van Der Laars e do repórter cinematográfico Ari Júnior deixaram a Colômbia nesta sexta-feira (2) e chegaram à sede do Botafogo por volta das 13h, com uma hora de atraso em relação ao horário previsto inicialmente.

A cerimônia de despedida foi no salão nobre do clube Botafogo de Futebol e Regatas, em General Severiano, Zona Sul do Rio. Por volta das 15h, o velório foi encerrado e do lado de fora balões brancos homenagearam as 71 vítimas do acidente aéreo.

Sede do Botafogo

Colegas, familiares e dirigentes do Botafogo começaram a chegar ao local por volta de 11h para acompanhar a despedida. Marques e Lars eram torcedores do clube e darão nome a duas cabines de imprensa do Estádio Nilton Santos, o Engenhão. A emoção marcou a despedida dos três.

A mulher de Guilherme Van der Laars, grávida de oito meses, fez a leitura de uma mensagem durante a cerimônia de despedida. Ela lembrou o tempo juntos e os três filhos. O irmão do jornalista se despediu com uma mensagem de amor e união.

O filho do cinegrafista Ari Júnior agradeu o apoio e disse emocionado ser “fã número um” do pai. O técnico do clube, Jair Ventura, fez uma declaração ao chegar para o velório. “Parece que todos nós tínhamos um parente naquele avião. Essa dor não vai passar nunca”, disse.

Após as cerimônias, os corpos deixaram a sede do Botafogo. O primeiro foi o corpo do repórter cinematográfico, Ari Júnior. Ele será enterrado neste domingo na cidade de Trindade, em Goiás.

Por volta das 16h15, o corpo de Guilherme Marques foi levado para o Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio, onde foi cremado. Já o corpo do produtor Guilherme Van der Laars foi enterrrado no cemitério São João Batista, em Botafogo.

Jornalistas da Fox

Os corpos de outros três jornalistas da Fox também serão velados no Rio. As cerimônias de despedida estão marcadas para este domingo. Os corpos chegaram ao Rio na noite deste sábado e foram encaminhados para um laboratório em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O repórter Victorino Chermont deve começar a receber as homenagens pela manhã, na sede do Clube de Regatas Flamengo, na Gávea. O horário do enterro ainda não foi confirmado.

A partir das 11h, o jornalista Paulo Julio Clement, será homenageado nas dependências do Fluminense Futebol Clube, em Laranjeiras. O enterro dele está marcado para às 16h, no cemitério São João Batista, em Botafogo.

Também será velado no Rio, o repórter cinematográfico, Rodrigo Santana. A cerimônia de velório e o enterro estão marcados para o cemitério de Paciência, na Zona Norte da cidade.

Vítimas

Entre as vítimas do acidente estão jogadores do time catarinense, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e a tripulação do avião, que pertencia à empresa boliviana LaMia e havia sido fretado para transportar o time, que iria disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

Sobreviveram à queda seis pessoas. São eles os jogadores: Alan Ruschel, Follmann, que teve uma perna amputada, e o zagueiro Neto.

Também foram resgatados com vida o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave, Erwin Tumiri e a comissária de bordo, Ximena Suarez. Os dois últimos receberam alta nesta sexta-feira. Os feridos brasileiros estão juntos em um hospital de Medellín.

Falta de combustível
A aeronave com a delegação da Chapecoense estava sem nenhum combustível ao cair, apontam os resultados preliminares da investigação do acidente, divulgados na noite desta quarta-feira (30).

A aeronave, que havia saído de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) rumo a Medellín, bateu contra uma montanha na cidade de La Unión.

“Podemos afirmar claramente que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto”, disse Freddy Bonilla, secretário de Segurança Aérea da Colômbia.

A constatação da ausência de combustível se deu nas primeiras inspeções dos destroços do avião, afirmou Bonilla. Diante das evidências, segundo ele, os investigadores trabalham com a hipótese de “pane seca”, quando a falta de combustível faz parar os sistemas elétricos da aeronave. “Iniciamos uma apuração para esclarecer o motivo pelo qual essa aeronave estava sem combustível no momento do impacto”, disse o secretário.

A tripulação do Avro RJ-85 da companhia aérea boliviana LaMia pediu prioridade para pousar em razão da falta de combustível à 0h48 (horário de Brasília). Quatro minutos depois, à 0h52, declarou emergência. Os destroços foram encontrados a 17 km do aeroporto José María Córdova.

Amazonianarede-Globo

 

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