Coronavírus: Papa Francisco pede que as pessoas não ‘cedam ao medo’

Papa Francisco - Getty Images

Papa Francisco exortou as pessoas a serem “mensageiros da vida em tempos de morte”

Em culto de vigília Pascal, no sábado à noite, na Basílica de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco pediu às pessoas que não “cedam ao medo” por causa do coronavírus, pedindo que sejam “mensageiros da vida em tempos de morte”. As informações são da BBC news.

Em uma igreja quase vazia, o Papa exortou as pessoas a serem mensageiros da vida, nesse tempo em que a pandemia fez milhares de mortos.

Membros da comunidade católica de 1,3 bilhão do mundo podem acompanhar uma transmissão ao vivo do serviço.

As medidas de bloqueio ainda estão em vigor em toda a Itália, atingidas pela pandemia.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte elogiou o papa por seu “gesto de responsabilidade” ao marcar a Páscoa sem uma congregação.

Cristãos de todo o mundo estão comemorando a Páscoa, o festival mais importante do calendário cristão, apesar das restrições que deixaram centenas de milhões confinados em suas casas. Muitos padres estão realizando cultos em igrejas sem congregações.

Semana Santa

A Semana Santa é uma tradição religiosa cristã que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.

A tradição Católica revive os episódios mais marcantes desta semana fundamental na vida de Jesus.

Tríduo Pascal

Tríduo Pascal é o conjunto de três dias celebrados no Cristianismo, composto pela Quinta-feira Santa (Missa de instituição da eucaristia e lava pés, logo após, velação ao Cristo crucificado), Sexta-feira Santa (beijo da cruz), o Sábado Santo (vigília Pascal). O Tríduo Pascal é celebrado em memória da Paixão, morte e ressurreição de Jesus, conforme os Evangelhos.

Quinta-feira Santa

Santos óleos

Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.

É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

Lava-pés

O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.

Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.

O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.

Durante a cerimônia do lava-pés, Judas Iscariotes saiu para trair Jesus. A este dia está associado o Mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”

Instituição da Eucaristia

Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.

A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.

Instituição do sacerdócio

A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26).

Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.

Sexta-feira Santa

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança.

Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado.

Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

Via-Sacra

Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucificação e morte na cruz.

A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Sacra.
  1. Estação: Jesus é condenado à morte.
  2. Estação: Jesus carrega a cruz às costas.
  3. Estação: Jesus cai pela primeira vez
  4. Estação: Jesus encontra a Sua Mãe
  5. Estação: Simão de Cirene ajuda Jesus
  6. Estação: Verônica limpa a face de Jesus
  7. Estação: Jesus cai pela segunda vez
  8. Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
  9. Estação: Jesus cai pela terceira vez
  10. Estação: Jesus é despojado de Suas vestes
  11. Estação: Jesus é pregado na cruz.
  12. Estação: Jesus morre na cruz
  13. Estação: Jesus é descido da cruz
  14. Estação: Jesus é sepultado
 Nesse dia, os fiéis praticam o jejum, não comem carne em sinal de penitência e respeito pela morte de Jesus Cristo. Não é celebrada Eucaristia.

Sábado Santo

Este dia representa a espera dos fiéis que, junto ao sepulcro de Jesus, esperam pela sua Ressurreição. A principal celebração deste dia, também chamado Sábado de Aleluia, é a Vigília Pascal, que começa ao final do dia e só termina na manhã seguinte, que reproduz a esperança dos fiéis na Ressurreição, pois Jesus permanece no sepulcro.

Neste dia também não é celebrada Eucaristia, e o único Sacramento permitido é o da Confissão. No início da Vigília Pascal, o celebrante abençoa o fogo novo e acende o Círio Pascal, uma vela grande acesa que representa o esplendor de Cristo ressuscitado, a esperança na Ressurreição que dissipa as trevas do erro e do pecado.

Uma vez aceso o Círio Pascal, são nele inscritos os algarismos do ano em que estamos, depois cravam-se cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus, e as letras alfa e ômega, primeira e última letra do alfabeto grego, simbolizando o princípio e o fim de todas as coisas.

@amazonianarede

 

Leia mais:

Teoria do fim do mundo: 2020 ensina 2012 como se extingue um planeta, segundo internautas

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.