“Combata um, previna dois” é o lema da mobilização contra Chikungunya e Dengue

06-12aedesManaus – Mais de 400 pontos da cidade receberam neste sábado, 06, a mobilização de 2.500 funcionários da Prefeitura de Manaus, além das Forças Armadas e da indústria no Dia D de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor do Chikungunya e da Dengue.

A mobilização teve caminhada e carreata com ações educativas para orientar a população sobre as formas de prevenção às doenças.

“Apesar da diminuição de 88,95% de casos confirmados de dengue este ano em Manaus em relação ao ano passado, não podemos deixar que o mosquito Aedes Aegypti volte a transmitir a doença, principalmente porque o Aedes transmite também a Chikungunya. De janeiro a outubro deste ano, foram 1.460 casos confirmados de dengue. No mesmo período de 2013, o número de casos confirmados foi de 13.212”, informou o secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto.

A concentração do Dia D foi na sede do Distrito de Saúde Leste, na Rua das Rosas, s/nº, bairro Jorge Teixeira 1, zona Leste. A abertura do evento foi feita pelo secretário Homero de Miranda Leão, com a participação do presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, a secretária municipal de Comunicação, Mônica Santaella e o diretor de Comunicação da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Paulo Roberto Pereira. Houve distribuição de adesivos de carros, cartazes e flyer alertando a população como acabar com os criadouros do mosquito.

O secretário Homero de Miranda Leão informou que a mobilização faz parte de uma grande campanha que o prefeito Arthur Virgílio Neto e o governador José Melo estão preparando em parceria para o combate à Chikungunya e à Dengue entre a população de Manaus. “O objetivo é informar a população sobre as formas de prevenção e alertar para a importância da participação de cada um de nós no combate ao Aedes Aegypti”, alertou.

Em Manaus, já são três casos confirmados da febre Chikungunya e cinco ainda estão em investigação, aguardando o resultado do laboratório. “Todos adquiriram a doença fora do Brasil e são considerados casos importados. Em Manaus, estamos ainda em nível zero de pessoas que adquiriram a doença aqui. Chikungunya é o nome da doença na língua maconde, um dos idiomas oficiais da Tanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença em 1953. O termo provém da raiz verbal kungunyala, e significa “tornar-se dobrado ou contorcido”, em referência à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas intensas dores articulares e musculares, características da doença. Por isso, estamos alertando a população para evitar que o Aedes transmita a doença”, ressaltou Homero.

LIRAa

Toda a campanha de mobilização contra a Dengue e Chikungunya foi planejada de acordo com o resultado do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado no período de 03 a 13 de novembro, quando foram vistoriados 27.094 imóveis selecionados por amostragem para a identificação do índice de infestação pelo mosquito transmissor da dengue e, consequentemente, determinando o grau de risco para a doença no município de Manaus, identificando os locais prioritários para a prevenção e controle do mosquito.

No LIRAa, os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.

Em Manaus, o índice médio ficou em 2,9%, ou seja, mantendo o município em estado de alerta para a doença. Porém, alguns bairros apresentaram um índice de infestação de mais de 3,9%, principalmente na zona Leste, com uma infestação de 5,1%. Já as zonas Norte (2,9%), Sul (1,9%) e Oeste (1,6%) mantiveram o estado de alerta para a doença.

As localidades com maior índice de infestação são: Colina do Aleixo, São José, Jorge Teixeira, Zumbi dos Palmares (zona Leste); Novo Aleixo, Armando Mendes, Nossa Senhora de Fátima I, Águas Claras, Parque das Garças 2 e Colônia Japonesa (Norte); Adrianópolis, Abílio Nery, Ica Paraíba, Nossa Senhora das Graças, incluindo o conjunto Vieira Alves (zona Centro-Sul); Redenção, Dom Pedro, São Jorge, Lírio do vale e conjunto Augusto Montenegro (zonas Oeste e Centro-Oeste).

Com o levantamento, é possível montar um mapa identificando os bairros onde existe uma maior concentração de focos de reprodução do mosquito transmissor da doença. São informações que permitem que a Prefeitura de Manaus possa elaborar estratégias qualificadas e integradas nas ações de prevenção, envolvendo setores como Saúde, Educação, Meio Ambiente, Limpeza Urbana, entre outros.

Também de acordo com o LIRAa, a maior parte de criadouros do mosquito Aedes aegypti está concentrada em depósitos de armazenamento de água nível de solo (39,6%) e em lixo recipientes como garrafas, latas e ferro velho (30,7%).

A Prefeitura de Manaus realizou outros dois LIRAas em 2014. Os resultados das edições anteriores também indicaram estado de alerta para a dengue. O primeiro aconteceu no período de 03 a 13 de janeiro, registrando 3,9%, e o segundo foi executado entre os dias 05 e 13 de maio, resultando em um índice de 3,3%.

Foto: Semsa

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