A Prefeitura Municipal de Coari lança uma verdadeira cruzada contra a proliferação da dengue e inaugura laboratório para exames de tuberculose no município.
O médico Bernardino Albuquerque, diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), ligada à Superintendência de Saúde do Amazonas (Susam), esteve na cidade prestigiando o acontecimento.
Depois da solenidade, uma grande carreta pelas ruas da cidade, que marcou a abertura da campanha, centenas de técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e da Susam saíram pelas ruas, de casa em casa, levando informação sobre a proliferação do aedes aegypti e ensinando como utilizar a cartilha de procedimentos semanais, visando combater a dengue. Equipes do departamento de limpeza pública acompanharam as abordagens domiciliares e recolheram entulhos dos terrenos que os moradores apontaram para a coleta.
A campanha vai ser desenvolvida até o final de 2013. Para cada morador, em cada bairro, em cada domicílio ou comércio, está sendo explicado como adotar ações simples para evitar a procriação do mosquito transmissor.
Caixas d’água, barris ou tambores, calhas, vasos de plantas, cacos de vidro sobre os muros, pneus, piscinas, bebedouros de animais, coberturas de lonas e todo e qualquer lugar ou recipiente que possa acumular água devem ser vistoriados regularmente. A cartilha expõe uma lista de ações semanais que poderão ser executadas em apenas 10 minutos.
A pessoa faz a vistoria de todos os itens, anota o dia e marca na tabela a checagem feita para afastar o perigo da doença. De acordo com a secretária adjunta municipal de Saúde Grace Cunha, com ações simples e contando com a participação popular pode-se alcançar resultados positivos como já aconteceu com a malária, quando em 2012, somente no mês de maio foram registrados 331 casos, enquanto em 2013, em maio, somente 131 casos foram notificados. “Uma queda de 60% nos casos”, comemora a secretária.
Segundo o titular da FVS, Coari foi escolhida para o lançamento por revelar um grande poder de mobilização popular. “Isso ajuda muito na disseminação das informações e na conscientização sobre o perigo que os criadouros representam para o avanço da doença”, destaca Bernardino.(Eledilson Colares)