Cieam vai à justiça contra greve dos auditores fiscais do Amazonas

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Ciem vai à Justiça contra a greve dos Auditores fiscais da Receita Federal, no Amazonas

Manaus, AM – Após uma semana de paralisação, os auditores fiscais da Receita Federal deram uma pausa no movimento reivindicatório. Na quarta-feira (20), o fluxo de vistorias seguiu normalmente nos terminais portuários da capital.

Do total de 855 contêineres abastecidos com cargas que aguardavam liberação, 472 foram liberados e 383 permanecem no aguardo de fiscalização. Porém, não há informações de que a greve tenha encerrado.

Segundo o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), algumas fabricantes já sentem a falta de insumos necessários à produção do bem final. Na tentativa de garantir o recebimento das matérias-primas, os empresários decidiram, após assembleia geral, ingressar na Justiça com mandado de segurança, ação prevista para acontecer até a próxima semana.

Os prejuízos diários à indústria amazonense são estimados em US$233 milhões. De acordo com o presidente do Cieam, Wilson Périco, algumas fabricantes do Polo Industrial de Manaus (PIM) sentem falta de matéria-prima importada que está retida nos terminais portuários e negou que alguma fabricante esteja com linha de produção parada por ausência do insumo.

Após assembleia geral entre os associados ao Cieam, os empresários decidiram ingressar na Justiça com mandado de segurança com o intuito de tentar garantir o fornecimento dos insumos importados.

Documento

Périco informou que o departamento jurídico da instituição trabalha na elaboração do documento e que até a próxima semana o pedido será protocolizado, caso a greve não seja encerrada.

“Neste momento, as empresas já sentem a necessidade do  insumo para fabricação. Mas, ainda não houve casos de paralisação de linhas produtivas.

Porém, se esse movimento  perdurar por mais uma ou duas semanas, aí sim, haverá paralisação, o que colocará em risco a cadeia produtiva e os empregos que ainda existem no Polo Industrial”, disse o presidente.

O diretor executivo do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, informou que durante a quarta-feira (20) houve liberações no Porto Chibatão, ao contrário de terça-feira (19) quando nenhum volume passou pela fiscalização.

A reportagem tentou contato com o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal no Amazonas (Sindifisco Nacional-AM), José Jefferson Almeida, pelo telefone 9xxx-7598 mas até o fechamento da edição não obteve retorno.

A paralização começa a se aproximar do PIM, com a falta de insumos paras as industrias
A paralização começa a se aproximar do PIM, com a falta de insumos paras as industrias

Paralisação não afeta transporte rodoviário

Segundo o primeiro secretário do Sindicato das Empresas de Agenciamento, Logística e Transportes Aéreos e Rodoviários de Cargas do Estado do Amazonas (Setcam), Raimundo Augusto Araújo, o movimento organizado pelos auditores fiscais ainda não impacta o transporte rodoviário de cargas.

Porém, ele explica que se a situação continuar por mais  algumas semanas a indústria estará impossibilitada de produzir e consequentemente, faltará cargas para serem transportadas aos demais Estados do país. “Transportamos os produtos acabados de Manaus aos  demais Estados do país.

Até agora o transporte está, mesmo que em menor volume, mantendo o índice. Mas, se a situação não se resolver nas próximas semanas, não terá mercadoria para ser transportada. Hoje, 95% do que é fabricado nas indústrias é fornecido ao mercado nacional”, disse.

Amazonianarede-Jornal do Commercio

 

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