Chacina de Osasco: Justiça condena 2 PM’s e guarda civil a 600 anos de prisão

O promotor saiu aplaudido por familiares de vítimas A Defesa já recorreu

Osasco, SP- Os três réus presos acusados da maior chacina da história do estado de São Paulo foram condenados nesta sexta-feira (22), pelos assassinatos de 17 pessoas e pela tentativa de matar outras sete em 2015.

Quatro homens e três mulheres participaram do conselho de sentença que condenou dois policiais militares e um guarda-civil. Os advogados que representam os condenados disseram no plenário que vão recorrer.

As vítimas, algumas delas com passagens criminais, foram atacadas por homens armados e encapuzados na noite do dia de 13 agosto em Osasco e Barueri para vingar as mortes de um policial e de um guarda, dias antes.

O PM da Rota Fabrício Eleutério foi condenado a 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão; o policial militar Thiago Henklain a 247 anos, 7 meses e 10 dias; e o guarda-civil Sérgio Manhanhã a 100 e 10 meses.

Fabrício entrou chorando para receber a sentença. Ele tremeu muito durante a leitura da pena. Seu advogado, Nilton Vivan disse: “Vamos reverter isso aí”.

Parentes das vítimas choraram de alívio no plenário, enquanto familiares dos réus choraram de indignação. O promotor foi aplaudido pelas mães das vítimas ao sair do fórum.

O julgamento começou na segunda-feira (18) no Fórum de Osasco, na Grande São Paulo. Em seus interrogatórios, os réus negaram o crime.

Chacina

caso da chacina na Grande São Paulo ganhou repercussão internacional à época..Além do número de mortos, câmeras de segurança gravaram homens mascarados executando as vítimas num bar em Barueri, cidade que registrou três mortes. Antes, outras 14 pessoas foram mortas a tiros em diversos locais de Osasco.

A matança ocorreu no período de cerca de duas horas. Moradores relataram os crimes pelo WhatsApp. Uma força-tarefa composta pela Polícia Civil, Corregedoria da Polícia Militar (PM) e Ministério Público (MP) foi criada e concluiu que quatro policiais militares e um guarda-civil participaram das execuções.

Segundo a apuração, apesar das mortes terem ocorrido em oito lugares diferentes, elas foram cometidas pelo mesmo grupo. Membros da investigação consideram essa chacina a maior do estado de São Paulo.

O quarto policial militar identificado de participar da chacina é Victor Cristilder Silva do Santos, 32. Ele também é réu no mesmo processo. Mas como a sua defesa recorreu à Justiça da decisão que o levou a júri popular, ele será julgado em separado dos demais agentes. A data de seu julgamento ainda não foi marcada.

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