
Amazonas – O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, via Biblioteca Pública do Amazonas, recebe cursos, oficinas e ações culturais em acessibilidade e inclusão do projeto “Acessibilidade em Bibliotecas Públicas”.O Ministério da Cultura realiza, por meio do Governo do Amazonas, na terça-feira, dia 16, e quarta-feira, dia 17, a oficina “Treinamento sobre Equipamentos de Tecnologia Assistiva (TA)”, com carga horária total de 16 horas, para funcionários da Biblioteca Pública do Amazonas (rua Barroso, nº 57, Centro, zona sul).
Trata-se da terceira e última etapa de formação das equipes das dez Bibliotecas Públicas Estaduais contempladas em chamada pública do Ministério da Cultura pelo projeto “Acessibilidade em Bibliotecas Pública”, executado pela organização não governamental Mais Diferença.
Acessibilidade
A Biblioteca Pública do Amazonas foi selecionada pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), via edital nacional do Ministério da Cultura, para ser beneficiada entre as dez do Brasil a receber uma série de ações, cujo objetivo é de promover acessibilidade para pessoas com deficiência. Um dos méritos reconhecidos na seleção é o total compromisso do Governo do Estado na condução da política de inclusão no Amazonas.
Ao todo, 20 funcionários da Biblioteca Pública do Amazonas serão capacitados com o treinamento em tecnologia assistiva, durante esta semana. Esta formação será ministrada pelo consultor em Tecnologia Assistiva, Pedro Berti, de São Paulo e visa a capacitação dos colaboradores da Biblioteca Pública do Amazonas, bem como de seus respectivos sistemas estaduais, para o uso dos equipamentos de TA em seu cotidiano, sobretudo para acessibilidade no livro e na leitura.
A oficina está vinculada à meta “Acesso à Tecnologia Assistiva”. Devido ao treinamento, a Biblioteca Pública do Amazonas estará fechada nos dois dias de capacitação.
Outras ações
No ano de 2015, foram realizados diversos treinamentos na área de inclusão social para funcionários dos demais espaços da Secretaria de Estado de Cultura, como os cursos “Libras – Básico e Instrumental”, “Princípios de Políticas Públicas e Programas de Livro e Leitura Acessíveis e Inclusivas” e de “Políticas Públicas de Livro e Leitura para Todos: Gestão, Implementação e Boas Práticas”, além das oficinas “Estratégias para o desenvolvimento de recursos acessíveis e inclusivos para atendimento ao público com diferentes tipos de deficiência”, “Cinema com recursos de acessibilidade” e “Mediação de leitura em contextos inclusivos”
Processo de seleção
A organização do projeto é da “Mais Diferenças”, organização não governamental responsável por sua execução e tem como objetivo construir e disseminar conteúdos, referenciais, estratégias e instrumentos por toda a rede de bibliotecas públicas, indo, portanto, além do escopo das selecionadas. Visa também estimular a articulação e a troca de conhecimento e experiências entre bibliotecas no país, além de atuar de forma transversal no estímulo aos programas, políticas e projetos de ampliação da leitura e valorização do livro no Brasil de forma acessível e inclusiva.
No processo de seleção, realizado nos meses de julho e agosto de 2014, o SNBP e a Mais Diferenças realizaram uma série de visitas para traçar um diagnóstico da acessibilidade nas bibliotecas. Foram realizadas dezenas de reuniões de trabalho com representantes das bibliotecas, dos sistemas estaduais e autoridades dos governos locais. Houve, ainda, a aplicação de questionários, levantamento de dados de acessibilidade, registros fotográficos, entrevistas, grupos focais, entre outras ações. O levantamento dos dados relativos a esta etapa encerrou-se em agosto de 2015.
Referência nacional
O orçamento previsto para o Projeto de Acessibilidade em Bibliotecas Públicas é de R$ 2,7 milhões na qualificação profissional, melhorias no acervo e novas tecnologias assistivas nas bibliotecas públicas selecionadas do País, visando socializar os conhecimentos produzidos em reuniões e debates e torná-las referência nacional em inclusão.
Além da Biblioteca Pública do Amazonas, foram selecionadas também: Biblioteca Pública Estadual Luis de Bessa (MG); Biblioteca Pública Estadual Levy Cúrcio da Rocha (ES); Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim (MS); Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça (MT); Biblioteca Pública Municipal Professor Barreiros Filho (SC); Biblioteca Pública do Estado do Paraná (PR); Biblioteca Pública Estadual do Acre (AC); Biblioteca Pública Benedito Leite (MA); Biblioteca Pública do Estado da Bahia (BA).
No final do projeto, será elaborado um relatório com sugestões de diretrizes nacionais para a área da acessibilidade e inclusão. Com isso, todas as bibliotecas do Brasil poderão ter acesso aos conteúdos, informações, instrumentos e metodologias desenvolvidos ao longo do projeto.

Biblioteca Pública do Amazonas
O edifício histórico da Biblioteca Pública do Amazonas (rua Barroso, nº 57, Centro, zona sul), que possui um pouco mais de cem anos, foi adaptado pelo Governo do Amazonas para receber a todos, de forma igualitária, com respeito às regras de acessibilidade.
Assim, para se ter acesso aos três andares, após o minucioso trabalho de restauro realizado concluído em 2013, os leitores, principalmente os que possuem necessidades especiais, receberam um local ampliado, informatizado, com salas climatizadas, com conforto e funcionalidade. A estrutura recebeu um elevador de acesso bem como mapas de situação do ambiente e sinalização de serviço em Braille, em todos os andares.
O local também dispõe de mapas táteis para deficientes visuais e sinalização com demarcadores próprios para este público e já adotou o uso da Escrita de Sinais, oriunda da Língua de Sinais.
No entorno da Biblioteca o deficiente visual poderá se utilizar do piso tátil para ter acesso tanto pela entrada principal (Rua Barroso) quanto pela entrada exclusiva de PCD (Rua Henrique Martins). Esta sinalização de apoio também está presente em toda área interna da Biblioteca.
Fazem parte do circuito de acessibilidade equipamentos como lupa eletrônica para deficientes visuais subnormais, folheador automático para deficientes que possuem dificuldade motora nos membros superiores, scanner de voz (uma espécie de leitor de livros que converte o conteúdo scanneado em áudio) para deficientes visuais.
Ainda com foco na acessibilidade, em todas as salas e andares do edifício foram instaladas placas de orientação e sinalização com três tipos de linguagens: gráfica, braille e Libras. Em cada andar, está instalado um Mapa Tátil de localização, onde está disponível toda informação daquele andar, como acervos, serviços e mobiliários. Este último recurso é apresenta audiodescrição por meio de uma caneta de áudio que emite a descrição do ambiente.
Para mais informações sobre outras ações, projetos e atividades desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Cultura, acesse facebook.com/culturadoamazonas e o Portal da Cultura.
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