Belém: Trabalhadores fazem paralisação geral hoje

(Foto: Marcos Santos – DOL)

Trabalhadores da construção civil caminharam pelas ruas de Belém, na noite de ontem, fechando avenidas de fluxo intenso de veículos. Os cinco mil manifestantes saíram da sede do sindicato, localizado na travessa Nove de Janeiro próximo à avenida Magalhães Barata, rumo à Praça do Operário.

O trânsito, já complicado em horário de pico, ficou caótico. Os operários anunciaram greve geral por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda- feira. Hoje, trabalhadores de diversas categorias paralisam as atividades, no Dia Nacional de Lutas e Paralisações.

Os trabalhadores da construção civil saíram por volta de 19h20 da sede do sindicato e seguiram pela avenida Alcindo Cacela, chegando à avenida Magalhães Barata, concentrando-se na Praça do Operário, às 20h.

Greve

Após três rodadas de negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém e Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), a classe operária optou pela greve. “Quarta- feira foi oferecido 9% de aumento e mais nada. A nossa proposta é de 18,60% e a cesta básica. No final da tarde (de ontem) ligaram para dizer que não tinha cesta básica. Pra gente, só os 9% não é interessante”, explica Ailson Cunha, coordenador geral do sindicato.

A partir da próxima segunda- feira, 22 mil operários de Belém, Ananindeua e Marituba paralisam totalmente os trabalhos.

Hoje, os operários da construção civil vão parar por 2h, em apoio ao Dia Nacional de Lutas e Paralisações. No Estado, bancários, professores da rede básica, docentes e servidores da UFPA, Ufra e Ufopa, além de servidores da Funpapa, Adepará, Emater e demais ligados à área agropecuária, cruzam os braços. Esta é a segunda mobilização nacional do ano. A primeira foi em 11 de julho. Na ocasião, foi entregue, no Centro Integrado de Governo (CIG), uma carta com reivindicações a nível municipal e estadual.

A concentração de hoje se dá a partir de 8h, em frente ao Theatro da Paz, na Praça da República. Os manifestantes seguirão pela avenidas Presidente Vargas e Nazaré, com atos em frente aos prédios do INSS e TV Liberal, onde pedirão a democratização da mídia. O Sindicato dos Bancários não soube mensurar quantas agências irão aderir à paralisação, mas garante que os bancos públicos estarão fechados hoje.

“Temos uma pauta unificada que reitera o debate da redução das tarifas de ônibus, qualidade no transporte, redução da jornada de trabalho e parecer contrário ao PL 4330, o da terceirização e pelo fim ao fator previdenciário”, enumera o diretor executivo estadual da CSP- Conlutas, Paulo Braga. Entre 700 e mil trabalhadores são esperados para a caminhada de hoje.

Em nota, o Sinduscon-PA, através de sua assessoria de imprensa, esclareceu que até às 22h de ontem desconhecia “qualquer indicativo de greve no setor por conta das negociações de data-base”. A nota informa que a última rodada de negociações entre o Sinduscon-PA e os representantes dos trabalhadores aconteceu na última quarta e que os sindicatos ainda estavam avaliando as propostas.

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