No início de 2009, a Prefeitura de Belém iniciou obra para construção de conjunto habitacional do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na rua Oito de Maio, no bairro do Paracuri II, no distrito de Icoaraci.
Entretanto, a obra que estava prevista para ser entregue em 2010 não teve mais nenhum avanço, o que provoca transtorno tanto para as famílias que aguardam pela moradia quanto para os operários que trabalham na obra.
Na manhã de ontem, moradores inscritos no programa e operários protestaram pedindo o retorno da obra. Segundos os operários que prestam serviço através de uma construtora contratada, desde novembro os salários não são pagos.
Em função de toda esta situação, na última sexta feira cerca de mil famílias inscritas no programa acabaram invadindo o local. Segundo os moradores, em 2009, quando a prefeitura deu início à obra, foi feito um contrato com os moradores no qual um auxílio moradia no valor de R$350,00 é depositado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), valor que as famílias utilizam para pagamento de aluguel enquanto aguardam pelos apartamentos.
ALUGUEL
Desde 2 de julho de 2009, esse valor não teve reajuste e algumas famílias acabaram não tendo mais condições de sobreviver com esse valor.
“Meu aluguel já estava indo para R$ 600, não tenho condições de pagar tudo isso, por isso vim para cá. É um absurdo o que estão fazendo, eles tiraram a nossa casa prometendo entregar algo melhor e olha só como está, tudo inacabado”, diz a dona de casa Josiane Souza.
Segundo eles, em 2014 o prefeito Zenaldo Coutinho teria dito aos moradores que a obra foi retomada pela atual gestão com a condição de serem cumpridas algumas dessas etapas até o fim deste ano. Entretanto, não se vê nenhum trabalho sendo realizado.
Segundo a placa de identificação, o valor do investimento é de R$ 600.000,00 e cerca de 3095 famílias seriam beneficiadas com o programa, mas o que se vê atualmente são blocos construídos pela metade, encanamento espalhado, além de o local estar servindo de depósito de lixo.
Somente no tempo em que esteve no local, a reportagem flagrou o momento em que três carretas descarregavam o lixo no terreno. O DIÁRIO não obteve retorno da prefeitura até o fechamento desta edição.
(Diário do Pará)
