Manaus – Como nos aproximamos cada vez mais do Carnaval, este ano na primeira quinzena de janeiro, os foliões amazonenses, especialmente os “biqueiros” brincantes apaixonados da mais tradicional banda do Carnaval de Manaus, a Bica, já estão literalmente assanhados e se esquentando para o grande Carnaval no Largo de São Sebastião, no centro histórico de Manaus, onde fica situado o famoso e tradicional Bar do Armando, mais precisamente na rua 10 de Julho, que inspirou e foi o berço da mais irreverente e tradicional banda do carnaval manauara, Banda Confraria Independente do Bar do Armando, ou simplesmente Banda da Bica.
A banda que desde que foi fundada animais os seus carnavais com enredos polêmicos, envolvendo assuntos polêmicos e personalidades importantes dos vários seguimentos da sociedade amazonense, especialmente políticos, este no ano o samba vai se reportar mais uma vez a política e ao meio ambiente, especialmente as aves que cortam diariamente o céu da capital.
Reunida, a cúpula da banda decidiu que o samba enredo deste ano falaria de forma satírica de política e da mortandade de pássaros que ocorreu recentemente na cidade e entregou a bronca para os irreverente time compositores liderados pelos jornalista Mário Adolfo e nasceu mais uma marchinha carnavalesco da Bica que já está preparando os animados “esquentas” cantando o samba que deverá ser lançado na próxima quinta-feira.
O último enredo envolvendo política na Bica foi em 2013, contando a falsa “ovada” sofrida pela senadora Vanessa Graziotin, do PT, que perdeu a eleição para o atual prefeito Arthur Neto (PSDB), nos momentos que antecederam um debate político numa emissora de televisão.”Votamos em careca e gostamos de periquitos’ – garantem os biqueiros.
Sem conflitos
Na Bica não tem conflito não tem conflito, a inspirada composição conta de maneira engraça e satírica a história de um político interiorano humilde, simples, catalisador de votos, boa praça, careca e que foi reeleito governador do Amazonas, sabemos que trata-se do José Melo que travou uma acirrada eleição do com o senador Eduardo Braga (PMDB, que assume é o Ministro das Minas e Energia, juntando ao enredo político o que fala de meio ambiente, retratando a estranha morte de mais de duzentos periquitos asa branca, na Avenida Efigênio Salles, em frente a um luxuoso condomínio residencial e até o momento não se sabe com certeza a causa da morte das simpáticas aves.
Mais uma vez os compositores da Bica conseguiram transformar fatos para uma forma sarcástica e divertida, alias marca registrada da banda.
História
Um pouco da histórica que no carnaval deste ano, espera reunir aproximadamente 5º mil pessoas no Largo de São Sebastião, onde está o famoso Bardo do Armando. O Carnaval da Bica acontece tradicionalmente no “ sábado do magro”, a partir do meio dia, quando os foliões iniciam a grande e animada concentração, com muita irreverência.
O Bar, que reuniu e reúne intelectuais, jornalista, escritores, médicos e outros seguimentos, de pessoas e profissionais que gostam da boemia, um certo dia, há 28 anos passados em homenagem ao bardo do português Armando (já falecido) a Banda Independente da Confraria do Armando ( Bica).
Da criação até o momento, a Banda vai fazendo história e se prepara para brincar o seu 28º carnaval, mais uma vez com a letra da marchinha de responsabilidade do jornalista Mario Adolfo em parceria com o sambista Edu do Banjo.
E por falar em Bar do Armando, plantado no coração do centro histórico da cidade, vizinho da Igreja de São Sebastião e do Teatro Amazonas, nunca saboreou uma cerveja bem gelado nesse bar famoso.
A banda que surgiu como forma de homenagear o acolhedor bar, percorre o mesmo caminho da Banda de Ipanema, no Rio, ou o Bloco do Pacotão, em Brasília, semeando rebeldia, irreverência, ironia e um carnaval peculiar, em que velhas marchinhas de carnaval são cantadas ao lado dos sambas-enredos picantes da banda contra os políticos e os poderosos de Manaus.
Amazonianarede – OsnyAraújo
