Banco de Olhos do Amazonas completa 10 anos com meta de zerar fila de transplantes de córnea neste ano

08-05olhosManaus – O Banco de Olhos do Amazonas, serviço do Governo do Estado que integra a Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), deve chegar ao final de 2014 com a fila de transplantes de córnea zerada. O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, destacou que em 10 anos de funcionamento, completados nesta quarta-feira, 7 de maio, o serviço já superou a marca de 1.120 transplantes realizados.

“A implantação do serviço, em 2004, foi muito importante para permitir que as pessoas que necessitam desse procedimento de alta complexidade pudessem ter atendimento, de forma gratuita na rede pública de saúde, sem precisar sair do Estado”, frisou Alecrim.

A coordenadora do Banco de Olhos, médica oftalmologista Cristina Garrido, explica que, atualmente, 190 pessoas aguardam por um transplante de córnea no Estado. Nesse tipo de procedimento, segundo ela, tecnicamente a fila de espera pode ser considerada zerada quando a lista de pacientes aguardando pelo transplante gira em torno de 50 pessoas.

“É importante lembrarmos que os transplantes dependem das doações e sempre haverá alguém aguardando pelo procedimento, dependendo do gesto solidário de uma família que tenha perdido um ente querido e, mesmo num momento de dor, faça a opção por ajudar alguém a recuperar a visão”, disse a médica.

Cristina Garrido destaca que nesses 10 anos de funcionamento, o Banco de Olhos tem sempre mantido a tendência de aumento no número de transplantes realizados anualmente. “Estamos sempre crescendo, nunca tivemos um ano pior que o outro”, salientou.

Ela conta que entre as pessoas beneficiadas pelos transplantes estão vítimas de acidentes ou de infecções oftalmológicas graves, com cicatrizes pós-trauma, que comprometam as características da córnea; pessoas com patologias como a ceratocone (uma doença congênita progressiva dos olhos), entre outros.

De acordo com Cristina Garrido, os 1.120 transplantes de córnea realizados desde 2004, foram possíveis graças à doação de 1.650 córneas, processadas pelo Banco de Olhos. “Ampliamos nossa equipe, que hoje conta com mais de 20 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, bioquímico-farmacêutico, biólogo e pessoal administrativo”.

Expansão – Em 2002, o Amazonas iniciou a realização de transplantes de rins entre pacientes vivos. A partir de 2011, o procedimento passou a ser realizado a partir de doador falecido. A coordenadora da Central de Transplantes do Amazonas, explica que o Estado está se preparando para ampliar a oferta desse procedimento de alta complexidade, com a realização de transplantes de fígado e, posteriormente, de coração.

Fonte: Agecom

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