Amazonianarede – Agecom
Manaus – Aproximadamente 15 organizações indígenas confirmaram participação na 39ª Exposição Agropecuária do Amazonas, que começa no próximo sábado (24 de novembro), no Parque de Exposições Eurípedes Lins, na Estrada Torquato Tapajós em Manaus.
A participação dessas entidades no evento foi definida nesta segunda-feira (19), durante reunião realizada na Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), entre as próprias lideranças indígenas e integrantes da Coordenação de Promoção Cultural, Esporte e Lazer do órgão.
A exemplo de 2011, os indígenas terão um espaço cedido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), na área conhecida como seringal. O local terá uma maloca grande para a comercialização dos produtos de artesanato e outra menor, onde o público será brindado com shows dos artistas indígenas.
A ação de apoio faz parte do plano de trabalho da câmara técnica “Promoção dos Direitos Socioculturais dos Povos Indígenas”, do Comitê de Atuação Integrada entre o Governo do Amazonas e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Entre as entidades que confirmaram presença na Expoagro/2012 estão a Associação Poterikaã-Numia (APN/Manaus), União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab), Associação Comunitária Wotchimaücü (ACW), Associação das Mulheres Indígenas Sateré-Mawé (Amism) e a Organização de Mulheres Indígenas Sateré-Mawé de Manaus (Omism/Watyamã), representadas pelas tucandeiras.
Geração de renda
A participação indígena na 39ª Expoagro busca promover a inclusão social dos membros participantes, geração de renda, valorização do patrimônio cultural material e imaterial indígena e o intercâmbio cultural com a sociedade amazonense. E é pensando nisso que indígenas como o artista José Tikuna preparou algumas novidades que, segundo ele, deverá chamar a atenção do público e fazer a diferença.
“Vou levar muito artesanato e já estou preparando o ritual da pajelança e cantos indígenas para atrair o visitante ao nosso espaço”, disse José Tikuna.
Vitrine
Outro que espera ansioso pela abertura dos trabalhos na Espoagro é Valdivino Marinho, 38, da Associação Kokama Indígena de Manaus (Akim). De acordo com ele, o evento é uma vitrine para o artesanato indígena, que dificilmente deixa de garantir um rendimento aos expositores neste fim de ano.
“A maioria de nós vive do ramo e aposta nessa feira para tirar o ganho do nosso Natal”, ressaltou o kokama.