Após os problemas com a enchente, municípios enfrentam problemas com a seca nos rios

Chuvas foram abaixo da média do que era previsto, diz Defesa Civil.

Amazonas – após os grandes e recentes problemas ocorridos com os municípios do Amazonas, devido a enchente, agora os problemas retornam em larga escala, só que desta feita não são provocados pelas águas e sem pela seca dos rios na Amazônia.

O Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), da Defesa Civil do Amazonas, emitiu nesta segunda-feira (14) “estado de atenção” para 11 municípios das calhas do Juruá, Purus e Madeira, por significativo déficit de chuva e diminuição do volume de água durante a vazante dos rios.

O boletim foi emitido para os municípios de Guajará, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna e Envira, na calha do Juruá; Boca do Acre, Canutama, Lábrea e Pauini, da calha do Purus; Humaitá e Manicoré, na calha do Madeira.

As fotos que ilustram a matéria. são do muicípio de Guajará

De acordo com dados do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), as bacias do Juruá, Purus e Madeira estão no trimestre mais seco do ano. É característico deste período, a baixa pluviosidade. Mas em 2017, neste intervalo de tempo, as chuvas foram abaixo da média prevista.

No Juruá, a previsão de precipitação no mês de julho era de 66 mm, mas só foram registrados 21 mm. Menos de 50% do volume esperado. Nesse mês de agosto, a média prevista é de 72 mm.

Já no Purus, em julho, a estimativa era de 42 mm de chuva e só foram registrados 09 mm.

Segundo o boletim do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o rio Acre, no Estado Acre, que influencia diretamente as bacias do Juruá e Purus, está em processo de crítico de vazante.

Na capital Rio Branco, o rio atingiu a cota de 1,60 m, estando apenas 0,30 cm acima da mínima histórica atingida em 2016.

Em Boca do Acre, no Amazonas, estação de referência para a calha do Purus, o rio atingiu na última medição (em 11 de agosto), a cota de 4,44 m, faltando apenas 0,95 m para atingir a mínima histórica de 3,49 m registrada em outubro de 1998.

Na bacia do rio Madeira, julho também representa um mês de pouca precipitação. Dos 45 mm previstos, foram registrados 4 mm de chuva.

Cidades em alerta

  1. Canutama (calha do Purus)
  2. Boca do Acre (calha do Purus)
  3. Lábrea (calha do Purus)
  4. Pauiní (calha do Purus)
  5. Guajará (calha do Juruá)
  6. Ipixuna (calha do Juruá)
  7. Eurunepé (calha do Juruá)
  8. Itamarati (calha do Juruá)
  9. Envira (calha do Juruá)
  10. Humaitá (calha do Madeira)
  11. Manicoré (calha do Madeira)

Amazomianarede-JAM

 

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