Alunos de escola estadual levam projeto que usa música no ensino da Língua Espanhola para feira científica em Pernambuco

Alunos de escola estadual levam projeto que usa música no ensino da Língua Espanhola para feira científica em Pernambuco

Música auxilia os estudantes a compreenderem as variações linguísticas presentes na Língua Espanhola

 Amazonas – Um projeto que utiliza a música como metodologia para o ensino da Língua Espanhola na escola estadual Sólon de Lucena, localizada na zona centro-sul de Manaus, foi selecionado para representar o Estado do Amazonas na 24ª edição da Feira Internacional de Ciências, que acontecerá entre os dias 7 e 9 de novembro, no município de Olinda, em Pernambuco.

Concorrendo na categoria “Incentivo à pesquisa”, o projeto “A variação linguística dos países hispânicos: um estudo através da música” faz parte do Programa Ciência na Escola (PCE), coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas (Seduc-AM).

De acordo com a professora de Língua Espanhola e coordenadora do projeto, Ariane Coelho dos Santos, as variações linguísticas presentes no idioma sempre foram motivo de questionamento entre os estudantes acerca do que era ou não considerado correto, o que motivou a criação do projeto.

“Desde 2005, ao iniciar as minhas atividades como docente, sempre fui questionada sobre a pronúncia correta do Espanhol e os alunos, quando escutavam algumas músicas latinas, questionavam qual a pronúncia correta. No início desse ano, pensei em trabalhar essa questão da variação linguística mais próxima deles, porque o questionamento veio crescendo”, explicou.

 Aprendizado interessante

 Segundo Santos, a escolha da música como ferramenta para desenvolver o projeto não foi aleatória. A ideia era tornar o aprendizado do idioma mais interessante.

“Resolvi trabalhar com a música pelo fato da idade, por serem adolescentes e pelo processo de afinidade ser mais próximo a eles, porque eles poderiam escolher as músicas que eles se questionavam se estava correta ou não a pronúncia. Não tem uma pronúncia correta. Existe um processo de variação em determinados países e o brasileiro, muitas vezes, pelo processo fonético ou aparelho fonador, elege uma pronúncia de um determinado país para estudar. Geralmente acontece por um processo de afinidade”, disse Santos.

 Feira Internacional

 Para a coordenadora do projeto, que já participou de diversos eventos semelhantes como palestrante, ter a oportunidade de levar os estudantes que fazem parte do trabalho para a feira de ciências, pela primeira vez, é uma conquista.

“Não é uma conquista minha. É uma conquista deles. A primeira conquista que eu tive foi quando inscrevi meu projeto. Ele passou pela Fapeam e a Fapeam aprovou e eu o efetivei na escola. O projeto é feito pelos alunos. Eu só os oriento. São muitos projetos. A probabilidade de não ganhar é muito grande, mas quero que eles participem. Eles precisam ir mostrar o trabalho. Fico feliz porque é uma forma de oportunizá-los a viver outro mundo, que não é a escola.

 Voluntário

 O estudante do 3º ano do Ensino Médio, Jorgenson dos Santos Barros, de 17 anos, é um dos voluntários do projeto. Ele teve interesse pelo trabalho não apenas porque gosta do idioma, mas devido à escolha da coordenadora em utilizar a música como método de ensino.

“A alternativa que a professora encontrou de trabalhar com os alunos através da música foi excelente, porque em 2018, principalmente, o aluno vive no celular nos tempos livres de aula, ouvindo música. Participar da feira é uma grande oportunidade para todos nós. Não é só um ganho nosso. É também uma troca de experiências e de conhecimento tanto para o povo manauara quanto para as outras regiões que lá estarão”, afirmou.

Bolsista

 A jovem Giovanna Castro dos Santos, 17, também é aluna do 3º ano do Ensino Médio da escola Sólon de Lucena e é uma das bolsistas no projeto. Segundo ela, a expectativa para participar do evento é grande.

“É algo incrível. É uma troca de experiência. A gente vai com uma ideia e vai voltar com novas opiniões. A gente vai por em prática tudo que a gente estuda aqui”, contou.

Amazoninarede-Secom

 

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