Alter do Chão, em Santarém é vista pelos turistas como o “Caribe da Amazônia”

Amazonianarede – Osny Araújo

Santarém, Pará – Nesta Amazônia de natureza exuberante, de flora e fauna ricas, de lendas e mistérios fascinantes, onde o bucólico está em todos os lugares, é sem nenhuma dúvida uma grande atração turística para quem gosta de liberdade e viver em comunhão com a natureza e na Amazônia, neste pedações do planeta terra, tem tudo isso e com muita abundância, além de um povo carinhoso e acolhedor, o caboclo amazônico, o guardião das nossas florestas tão cobiçadas e decantadas pelo mundo.

Nesta matéria, vamos falar de um dos locais mais bonitos da região, que enche os olhos dos amazônicos, mas, especialmente dos turistas internos e externos que chegam a esse pedaço e do Estado do Pará, no município de Santarém, cidade banhada pelo rio Tapajós.

Falaremos um pouco de Alter do Chão, sem nenhuma dúvida, as suas praias de areais alvas e águas cristalinas é um das mais belas praias de água doce do Brasil, no coração da Amazônia, da Amazônia, por isso, no verão, entre os meses de meados de julho a setembro, quando o rio Tapajós fica mais bonito devido a vazante e apresenta com toda a sua intensidade praias e bancos de areia, recebe anualmente milhares de turistas, para conviver com as suas belezas e saborear a sua culinária. O local é também conhecido como o “Caribe da Amazônia”.

TAPAJÓS E AMAZONAS

Assim como no Amazonas, quase em frente a Manaus existe o encontro das águas claras e negras entre os rios Negro e Solimões, uma forte atração turística do Estado que inclusive inspirou o poeta cearense Quintino Cunha, autor da bela poesia Encontro das Águas, Alter do Chão, no município de Santarém existe um fenômeno parecido proporcionado pelo encontro dos rios Tapajós e Amazonas e também, de uma beleza natural incomparável.

Lugar inicialmente habitado apenas por pescadores e próximo da cidade de Santarém, distante apenas cerca de 30 km por estrada, a hoje Vila de Alter do Chão, principal ponto turístico de Santarém e um dos mais importantes do Pará e da Amazônia, pode ser alcançado por via fluvial e o seu nome, é de origem portuguesa.

AO GOSTO DO TURISTA

Com um povo acolhedor, a Vila de Alter do chão com as suas praias maravilhosas, oferece diversas e interessantes atrações para os turistas e conta com uma razoável estrutura turística.

A produção artística local também pode ser encontrado em lojas de artesanato, e em Alter do Chão está localizado o Centro de Preservação da Arte e Cultura Indígena, que é conhecido mundialmente como referência do legado dos povos da Amazônia.

No lugar também é possível fazer passeios de barcos e lanchas para os lagos e a Floresta Nacional do Tapajós. Um proposta interessante para o turista é ir até o Lago Verde ou ‘Mata Encantada’. De águas quentes e límpidas, no seu entorno existem praias de areia fina e branca e, assim como Alter do Chão, o lago é um exemplo de preservação ambiental.

PRAIAS

Praia do Cajueiro
A praia do Cajueiro fica a dez minutos do centro da vila. Com estrutura para receber os turistas, no local podem ser encontrados os famosos bolinhos de piracuí e o tucunaré na chapa.

Praia de Ponta das Pedras
A praia de Ponta de Pedras fica cerca de 23 km da vila. Para chegar até lá basta seguir pelas Rodovias Fernando Guilhon e Everaldo Martins, que são pavimentadas. O acesso também pode ser feito pelo rio Tapajós. De formações rochosas, possui estrutura com barracas para a venda de comidas e bebidas.

Ilha do Amor
A praia Ilha do Amor é o cartão-postal da cidade, fica em frente à vila de Alter do Chão. Os visitantes fazem a travessia em barquinhos a remo. Em apenas cinco minutos os turistas podem desfrutar da beleza do lugar. Somente em novembro, quando as águas baixam é que é possível chegar até lá andando.

Ponta do Cururu
Próxima da Vila de Alter do Chão, está localizada na margem direita do rio Tapajós. Ela é para quem gosta de um lugar mais tranquilo, já que a praia é deserta e não oferece infraestrutura turística.

DISPUTA ENTRE OS BOTOS

Não poderia faltar para os turistas a apresentação de aspectos culturais do local e uma das principais são as manifestações religiosas da Vila, com danças e comidas típicas a base do pescado de água doce e do camarão.
Em todas as programações culturais que envolvem música, o ritmo quente e gostoso é do Carimbo, e o ponto alto de todo esse folclórico está na disputa entre os blocos que representam os botos tucuxi e vermelho ou cor-de-rosa.

A apresentação dos botos é um espetáculo, onde duas associações de Alter do Chão contam a lenda do boto – um jovem e belo rapaz de vestes brancas e chapéu de palha na cabeça, que seduz a mais bela cabocla ou cunhâ – como são chamadas as moças da região. Todos os anos as associações escolhem uma temática para nortear a história da lenda amazônica do boto.

O Sairé é a mais antiga manifestação cultural da Amazônia. É uma mistura de religião e cultura, que conta com apresentações de danças, teatro, ladainhas, e tantas outras programações que encantam os turistas nacionais e internacionais.

O GRANDE BARATO

O grande barato nesse ponto da floresta amazônica é o não aparecimento dos incômodos mosquitos e de acordo com os moradores da Vila o nível de acidez da água do Tapajós espanta os insetos.

Sem a presença dos incômodos insetos, transmissores de doenças tropicais como a malária e a dengue, a noite, depois de um jantar a base de tambaqui assado com farinha de mandioca, tradicional na região, um tucunaré a escabeche com molho de pimenta com tucupi ou um pirarucu grelhado ou a milanesa, sempre acompanhado de farinha d’água, a irrecusável opção é armar a “espreguiçadeira”,(rede) apreciar o luar num céu estrelado e ouvir no silêncio da noite o barulho misterioso que vem da floresta.

FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS

Depois de tomar banho e algumas geladas ou água de côco nas belas praias com as suas bem arrumadas barracas, prontas para recepcionar os turistas, chega o momento de ação de aventura mais forte, uma visita a Floresta Nacional do Tapajós, uma área inteiramente protegida pelo Governo, por isso, nas visitas, é necessário e obrigatório a participação de um guia turístico.

Na Unidade de Conservação, o passeio precisa ser autorizado pelo Plano de Manejo da Unidade. As áreas permitidas para a visitação são Área Administrativa, Corredor Ecológico, Área Populacional, Área de Manejo Florestal Madeireiro, Área de Manejo Florestal não-madeireiro.

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