Amazonas – A Amazonas – Juruá é a 18ª cidade do Amazonas a decretar estado de emergência em razão da cheia dos rios no estado. Segundo a Defesa Civil, a situação foi reconhecida pelo órgão nesta quinta-feira (23). Na quarta, Tonantins havia declarado emergência. Cinco municípios estão em alerta contra as inundações e um decretou estado de calamidade pública. O número de pessoas atingidas em todo o Amazonas é de 110.610.
A Defesa Civil informou que o município de Juruá está geograficamente localizado na parte alta da calha da região do Juruá, área afetada pela cheia desde de meados de fevereiro. No entanto, a cidade sofre a influência direta da calha do Médio Solimões, que já está em alerta.
Ao menos 3.581 pessoas foram afetadas pela enchente no município. A Defesa Civil informou que a cidade vai compor o cronograma de atendimento humanitário. O órgão não divulgou a cota do nível do rio Juruá, nesta quinta-feira. Ainda segundo balanço da Defesa Civil, já foram distribuídas 363 toneladas de alimentos não perecíveis e mais kits dormitórios (colchões, redes, mosquiteiros), kits de higiene pessoal, medicamentos, filtros de água e hipoclorito de sódio. Em todo o estado do Amazonas 22.116 famílias foram afetadas pelos alagamentos.
Cheia
Ao todo, 18 cidades do estado estão em situação de emergência. São elas: Itamarati, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Envira, Canutama, Tapauá, Carauari, Pauiní, Lábrea, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga e Amaturá, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tonantins, além de Juruá. As cidades em alerta são: Humaitá, Fonte Boa,Uarini, Alvarães e Tefé. A cheia é considerada mais crítica em Boca do Acre, que estrou em Estado Calamidade Pública. A situação foi reconhecida no dia 10 de março, depois que o nível do rio no município ultrapassou a cota máxima registrada em 2014. A cota chegou a 20,30 metros. No ano passado, quando a cidade também decretou Calamidade Pública, o nível máximo chegou a 19,48m.
Além do Rio Purus, o município sofre influência da cheia do Rio Acre (AC), que também tem cidades em estado de calamidade por conta da subida das águas. Na cidade amazonense, casas, escolas e postos de saúde estão inundados. Famílias enfrentam escassez de água potável.
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