Vítimas do médico acusado de mutilar pacientes no Amazonas são ouvidas

Vítimas do médico acusado de mutilar pacientes no Amazonas são ouvidas

 

 

 

Vítimas do médico acusado de mutilar pacientes no Amazonas são ouvidas
Vítimas do médico acusado de mutilar pacientes no Amazonas são ouvidas

Manaus, AM – Cinco das oito vítimas do clínico geral Carlos Jorge Cury Mansilla de 58 anos, que responde a processos por lesão corporal grave dolosa e estelionato, foram ouvidas nesta terça-feira (29).

Outras três pessoas devem ser ouvidas ainda nesta semana na 11ª Vara Criminal, assim como testemunhas de acusação e defesa, além do acusado. O médico é apontado como falso cirurgião plástico e teria mutilado dezenas de pacientes.

Por meio de nota, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) informou que os processos foram reunidos por terem as mesmas características e o mesmo denunciado.

A promotora de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Lucíola Honório de Valois Coelho diz que o clínico foi liberado após um pedido das vítimas.

“O acusado compareceu, mas como as vítimas pediram que ele não ficasse no local, ele foi liberado e vai ser ouvido após a oitiva das vítimas e testemunhas”, afirmou em nota.

A promotora ressalta que o MP trabalha para enquadrar Mansilla nos crimes de estelionato e lesão corporal grave.

Os processos foram reunidos em um bloco e caso o clínico seja condenado, a pena por uma vítima será a mesma para os demais processos.

“Ele vai ser julgado por cada um dos crimes. Uma vez comprovado que ele os cometeu, será aplicada a continuidade delitiva, ou seja, a pena por um crime será a mesma pelos demais”, disse.

Os processos contra Mansilla apuraram casos diferentes. Os mais comuns são de cirurgias plásticas como lipoescultura, mamoplastia, abdominoplastia e cirurgia no nariz. Segundo o MP, são 16 vítimas lesionadas e uma vítima fatal.

Ainda há processos em outras varas criminais que devem ser redistribuídos para a 11ª Vara Criminal, pois os inquéritos estão nas delegacias ou com o Ministério Público. No caso da vítima fatal, o processo poderá ser enviado a uma Vara do Tribunal do Júri.

O caso

Os casos começaram a ser denunciados em 2013. Uma das vítimas, uma empresária, iniciou uma campanha em uma rede social para tentar localizar outras vítimas do médico.

Na época, a polícia informou que o médico sempre alegou inocência e dizia ter realizado as cirurgias com sucesso.

A versão é a mesma sustentada pela defesa desde o último depoimento, prestado em fevereiro daquele ano. Na ocasião, a defesa do médico disse que o corpo das vítimas reagiu de forma adversa às cirurgias, mas que não é culpa do médico.

Amazonianarede-JAM

 

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