Vinte anos após acidente fatal, Ímola recorda Ayrton Senna

O maior de todos os tempos
O maior de todos os tempos
O maior de todos os tempos

Ímola, Itália – Hoje, vinte anos depois da morte de Ayrton Senna no circuito de Ímola, a cidade italiana se preparou uma grande homenagem para lembrar o piloto brasileiro Ayrton Senna, tanto por seu carisma e por seus atos de caridade quanto pelos três títulos mundiais.
Muitos moradores desta localidade no norte da Itália ainda têm lembranças vívidas do brasileiro, que será o tema de cinco dias de eventos a partir de 30 de abril.

Senna morreu em 1º de maio de 1994, quando um problema em seu carro o levou a colidir fortemente com um muro na curva Tamburello, a mais de 300 quilômetros por hora.

“Eu me lembro como se fosse ontem. Chorei por uma semana”, disse Gianni Mezzetti, de 56 anos, dono de um bar em Ímola e fundador do Fã Clube Barrichello, em homenagem ao também brasileiro Rubens Barrichello, ex-piloto da Ferrari.

Mezzetti e outros moradores de Ímola se lembram de como Senna visitava um jovem fã paralisado em um acidente toda vez que ia à cidade. O dono do hotel onde ele se hospedava disse que o piloto sempre distribuía ingressos para as corridas aos funcionários do estabelecimento.

Curva Tamburello
Curva Tamburello

Senna foi o último piloto da Fórmula 1 a morrer numa corrida. As mortes dele e do austríaco Roland Ratzenberger, num treino na véspera, abalaram a categoria e levaram a mudanças abrangentes nas regras de segurança.

Católico devoto e ligado a obras beneficentes no Brasil, Senna era também um competidor aguerrido e crítico ácido de seus adversários. Os atritos com seus colegas, especialmente o francês Alain Prost, eram bem conhecidos e são retratados no documentário “Senna”, lançado em 2010 por Asif Kapadia, que será exibido durante as celebrações em Ímola.

Mas, na cidade, Senna é mais lembrado por sua humildade do que pelas polêmicas. “Era um sujeito modesto, que pilotava porque era a sua paixão, mas nunca se esquecia da linha de chegada final”, disse Sergio Mantovani, conhecido na Itália como o “padre dos pilotos” por sua estreita relação com eles.

Ímola é praticamente a “casa” da Ferrari, equipe pela qual Senna nunca correu, o que não o impediu de virar ídolo.

“Ele era admirado até pelos torcedores da Ferrari, e aqui nós somos na maioria ferraristas. Ele era respeitado por mais do que suas vitórias, também como pessoa. E, morrendo daquele jeito, ele virou lenda”, disse o aposentado Oliviero Lanzoni, de 63 anos.

Senna venceu três provas no circuito em 1988, 1989 e 1991. Ímola está desde 2006 fora da Fórmula 1, recebendo hoje principalmente provas de motociclismo, mas os organizadores das homenagens a Senna esperam que a homenagem ajude a trazer visitantes.

Amazonianarede – Terra

 

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