Vários Bares de Manaus com cerveja gelada ja,oferecem debates sobre ciência no evento Pint Of Science

Vários Bares de Manaus com cerveja gelada ja,oferecem debates sobre ciência no evento Pint Of Science

Manaus, AM – É inegável que grandes ideias, dabates consagrados e milhares de boas conversas sempre vieram acompanhadas de uma cerveja gelada em um bar agradável. Foi pensando nesse momento único que o projeto “Pint of Science” foi criado.

Mundialmente conhecida, a iniciativa já está em Manaus desde ontem (14), com atividades até amanhã, ocorrendo simultaneamente em todo o País, a partir das 19h30 – horário local – em bares como Imperial Pub, Villa Hub e Porão do Alemão.

Sem necessidade de inscrição ou de conhecimento prévio, o evento tem como objetivo tirar os cientistas das universidades, levando-os para conversar sobre ciência diretamente com o público em ambientes descontraídos como cafés, restaurantes e bares. A instituição responsável por trazer o evento ao Brasil foi o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP.

Na Terra

Na primeira noite, enquanto a população de Goiânia (GO) pode sentar em um bar para descobrir o que é um ser humano, quem estiver em Uberlândia (MG) pode entender que dor, venenos e bruxas têm tudo a ver com ciência. Em Manaus, as discussões estiveram entorno de mudanças climáticas, doenças e a compreensão da fisiologia do emagrecimento.

A partir de hoje, quem estiver no Villa Hub terá um debate sobre os alimentos que comemos; e quem for para o Imperial Pub vai curtir um papo sobre clones, carros e aeromodelos. Amanhã, também no Imperial, a ideia é entrar no mundo dos produtos naturais e fazer um raio-x para entendê-los podendo ir além da medicina.

Enquanto isso, no Porão do Alemão estará rolando um debate sobre a ciência da cerveja.  O Prof. Patrick Gomes de Souza – Especialista em Tecnologia Cervejeira, é Gerente de Qualidade da Cervejaria Ambev e responsável pelo curso Profissional Cervejeiro –  falará sobre pesquisas e inovações nesse mercado.

Junto, estará também a Profa. Miriam de Medeiros Cartonilho – doutora em biotecnologia e mestre em alimentos – que abordará aspectos de produção da cerveja artesanal, apresentando as matérias-primas essenciais, utensílios para produção, bem como etapas do processo produtivo da cerveja artesanal.

A Ideia

Vários Bares de Manaus com cerveja gelada ja,oferecem debates sobre ciência no evento Pint Of Science

A ideia surgiu depois que dois pesquisadores do Imperial College London, Michael Motskin e Praveen Paul, organizaram um evento chamado Encontro com Pesquisadores, em 2012.

Nesse encontro, pessoas com Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla foram convidadas para conhecer os laboratórios dos cientistas e ver de perto o tipo de pesquisa que realizavam.

Experiência inspiradora

A experiência foi tão inspiradora que a dupla decidiu propor um evento em que os pesquisadores pudessem sair das universidades e institutos de pesquisa para conversar diretamente com as pessoas e assim, em maio de 2013, surgiu o Pint of Science. De lá para cá, o evento cresceu – em 2018, serão 21 países – e a meta é ampliá-lo cada vez mais.

“Quero levar o Pint of Science para todas as cidades do mundo e comunicar a ciência como ela é: divertida, fascinante e inspiradora”, diz Motskin em seu perfil na página internacional do evento.

Neste ano, o total de cidades será ainda maior, com representantes de todas as regiões do País, e mais temas serão abordados. O que não muda é que os coordenadores e cientistas participantes do festival não recebem remuneração – a ideia é compartilhar e debater o conhececimento de forma voluntária – e os bares e restaurantes que cedem seu espaço não cobram entrada. O público paga apenas o que consumir.

“Para os municípios da região Norte, é interessante participar do Pint of Science porque podemos aumentar o intercâmbio e o fluxo de ideias, de troca de informações. Isso é fundamental para diminuir o preconceito com o trabalho de pesquisa que é realizado nessa parte do País e para ampliar a visibilidade dos nossos projetos”, afirma Adolfo Mota, professor da Universidade Federal do Amazonas que coordena o festival na região.

Amazoninarede-AC

 

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