Universitária brasileira morta a tiros na Nicarágua

Universitária brasileira  morta a tiros na Nicarágua

A suspeita é de que os tiros tenham sido disparados por paramilitares. País vive onda de protestos desde abril deste ano

Nicarágua – A estudante universitária brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi morta a tiros na noite desta segunda-feira, 23, em Manágua, capital da Nicarágua, segundo a Embaixada do Brasil no país caribenho. A suspeita é de que os tiros tenham sido disparados por paramilitares em meio à onda de violência que atinge o país e que deixou quase 300 mortos em três meses.

Raynéia, 32 anos, cursava o último ano de Medicina e foi morta quando dirigia para sua casa no sudoeste de Manágua por volta de meia-noite, informou à AFP o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina. O crime aconteceu no complexo residencial Lomas de Monserrat.

A estudante foi levada pelo namorado para o hospital, mas os “ferimentos eram fatais” e ela faleceu nas primeiras horas da manhã, indicou Medina. Uma bala perfurou o fígado e a jovem morreu quando era atendida no Hospital Militar em Manágua, de acordo com informações do canal 100% Noticias.

Raynéia, que morava há seis anos na Nicarágua, nasceu em Pernambuco e fazia estágio no hospital da polícia Roberto Huembes.

O governo brasileiro reagiu por meio de nota do Itamaraty, expressando sua “profunda indignação e condenação à trágica morte ontem, 23 de julho, da cidadã brasileira Raynéia Gabrielle Lima (…) atingida por disparos em circunstâncias sobre as quais está buscando esclarecimentos junto ao governo nicaraguense”.

“O governo brasileiro torna a condenar o aprofundamento da repressão, o uso desproporcional e letal da força e o emprego de grupos paramilitares em operações coordenadas pelas equipes de segurança”, acrescenta o comunicado.

A presidente do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), Vilma Núñez, declarou que a estudante “foi alvejada sem nenhuma razão” e disse que a organização vai realizar investigações sobre o incidente.

Os protestos, que começaram em 18 de abril contra uma reforma da Previdência Social, levaram ao pedido de impeachment do presidente Daniel Ortega e de sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo.

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