Amazonas – Um ano e quatro meses após o acidente de trânsito que vitimou as universitárias Brenda Braga e Raysa Rossi, ambas de 21 anos, o condutor do veículo, os passageiros do carro e os policiais rodoviários federais que atenderam a ocorrência prestam depoimentos à Justiça. Das sete pessoas arroladas no processo, seis compareceram. A audiência iniciou às 10h desta segunda-feira (25) e segue durante a tarde.
Bruna Lorena Passos Saraiva, Camila Mendes Lauria, Leonardo Henriques da Silva Couto, Thiago Fish Pinto e Uatumã Campos Rocha estavam no veículo modelo Pajero Dakar, que capotou e caiu em um barranco na BR-174. Camila não compareceu ao Tribunal de Justiça para depor porque conforme, o órgão informou, a jovem está fora do Brasil.
Thiago Fish, condutor do veículo, foi denunciado pelo Ministério Público pela prática de homicídio culposo na direção de veículo, lesão corporal culposa, condução de veículo com capacidade psicomotora alterada por influência de álcool ou outra substância, e violação da suspensão de dirigir, previstos respectivamente no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Conforme o laudo emitido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), o carro estava a 140km/h no momento do acidente.
Os policiais rodoviários Ivo Seixas e Júlio da Silva também foram ouvidos pela Vara Especializada em Crimes de Trânsito da Comarca de Manaus. Nenhuma das testemunhas quiseram falar com a imprensa após o depoimento.
Durante a audiência, a defesa pediu que mais provas sejam juntadas ao processo e será expedido ofício ao Detran a respeito. O réu não depôs. Depois disto, então, deverá haver o interrogatório do acusado e a apresentação dos memoriais. Somente após concluídas estas etapas é que será proferida a sentença pela juíza Luíza Cristina Nascimento, titular da Vara Especializada em Crimes de Trânsito.
Protestos
Enquanto aguardavam a audiência, amigos e familiares das jovens protestaram com cartazes pedindo justiça. Antônia Batista, mãe de Brenda, contou que todas as testemunhas disseram que o acusado ingeriu bebida alcóolica antes de assumir a direção do veículo, exceto Bruna Saraiva, que na época do acidente era namorada de Thiago.
“Ela disse que ele não bebeu. Ela é tão assassina quanto ele. O carro era da família dela; se ela diz que também não bebeu, por que deu o carro para ele? Ela saiu rindo na minha cara e na cara da mãe da Raysa. Não sei o que ela está ganhando com isso. O Thiago nem nos olha, está de cabeça baixa. Espero que ele seja condenado e sirva de exemplo para que outras pessoas não façam o que ele fez”, afirma Antônia.
A próxima audiência sobre o caso está marcada para o dia 12 de maio.
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