
Manaus, AM – Três homens suspeitos de envolvimento no assassinato de militante do PDT, Alexandre Cessar Ferreira, 35, em Fevereiro, na estrada do Puraquequara, na capital foram presos.. A polícia investiga ainda a possível participação de outros dois envolvidos.Na casa de dois suspeitos foram apreendidos dinheiro, arma, munições e dois veículos que teriam sido utilizados na prática criminosa.
O corpo de Alexandre foi encontrado no 13 de fevereiro, um sábado, em uma área de mata. Ele foi atingido com um tiro na cabeça – feito por uma pistola PT40, de uso exclusivo das polícias – e tinha marcas de tortura espalhadas pelo corpo. O cadáver foi reconhecido somente na terça-feira (16).
O trio suspeito do assassinato foi encontrado em suas respectivas casas na madrugada desta quinta-feira (7) e conduzido à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), por volta das 9h, com prisão temporária decretada.
De acordo com delegado da DEHS, Ivo Martins, foram presos dois integrantes do Movimento
Democrático Estudantil (MDE), de 26 e 51 anos, além de um policial militar do Comando de Policiamento do Interior (CPI), 36.
“No decorrer das investigações e diante de consubstanciadas provas técnicas, chegamos a conclusão de que os três têm responsabilidade pela prática criminosa. Eles estão presos temporariamente como o objetivo que sejam ultimadas as investigações”, disse o delegado
Nesta quinta iniciam as oitivas com os suspeitos. A polícia também busca outros dois supostos participantes do crime.
Martins explicou que as investigações devem elucidar se o crime foi motivado por queima de arquivo.
“O que parece é ter havido é um desentendimento dentro do Movimento Democrático ou partidário pelo qual um dos presos é o presidente. Ele teria tido uma desavença e, o que parece ter acontecido, foi uma queima de arquivo. O Alexandre poderia saber algo demais, algo que contrariasse as expectativas do movimento estudantil ou partidário. Sabia-se que Alexandre era contra o governo do Estado e, ao mesmo tempo, frequentava o lado a favor do governo. Precisamos apurar”, explicou.
O delegado afirmou ainda que há indícios que um dos presos tinha desavença com a vítima. “Ele teria tido uma desavença com o Alexandre. Ele, a princípio, nega, mas temos elementos consistentes no inquérito e a partir do momento que ele tomar conhecimento, esperamos que nos forneça informações. Não dá para falar que ele mandou matar a vítima, ainda”,disse.
Ivo Martins informou que outro preso, ex-funcionário de um dos suspeitos, deu detalhes de como tudo ocorreu. Ele também descartou, a princípio, o envolvimento de algum líder do executivo ou parlamentar com o crime.
“É importante salientar que não há nenhuma prova cabal em relação a isso. O que ocorre é um desentendimento dentro do movimento estudantil ou partidário do qual ele fazia parte, tendo sido eliminado como uma espécie de queima de arquivo, mas vamos precisar investigar”, finalizou Martins.
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