Trabalho de Saúde Mental da Semsa, selecionado para congresso internacional

Trabalho de saúde mental da Semsa, vai para Congresso internacional

 

Trabalho de saúde mental da Semsa, vai para Congresso internacional
Trabalho de saúde mental da Semsa, vai para Congresso internacional

Manaus, AM – O relato sobre a implantação do Apoio Matricial em Saúde Mental na zona Sul de Manaus foi um dos trabalhos selecionados para apresentação no 12º Congresso Internacional da Rede Unida, evento que vai acontecer de 21 a 24 de março, na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

O congresso será realizado com o tema “Diferença sim, Desigualdade não: pluralidade na invenção da vida”, com trabalhos do Brasil e outros países, sob a coordenação da Associação Brasileira Rede Unida, entidade que reúne projetos, instituições e pessoas interessadas na mudança da formação dos profissionais de saúde e na consolidação de um sistema de saúde eficaz e com forte participação social.

O trabalho aprovado é de autoria das psicólogas Luciana Diederich Pessoa, técnica responsável pela Rede de Atenção Psicossocial do Distrito de Saúde Sul (Disa Sul), e Ágata Motta, que atua no Centro de Atenção Psicossocial Sul (CAPS Sul), com o título de “O despertar do apoio matricial em saúde mental: relato de experiências das profissionais matriciadoras do Disa Sul/Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa)”.

De acordo com Luciana Diederich, o matriciamento ou apoio matricial em Saúde Mental é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica que irá beneficiar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A psicóloga explica que é função inerente do CAPS executar o matriciamento em Saúde Mental e que consiste em estabelecer estratégias para que os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde possam oferecer o cuidado necessário aos usuários do SUS no próprio território de atuação.

A equipe de matriciamento é formada por profissionais assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras, e trabalha em parceria com a equipe de profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com foco na Estratégia Saúde da Família, para ajudar a avaliar a situação e identificar o tipo de acompanhamento que o paciente necessita e se há necessidade de intervenção por outros serviços especializados.

“A ideia é fortalecer o atendimento em saúde mental por profissionais que atuam nas UBSs. E a implantação do matriciamento, iniciado no ano passado no Disa Sul, tem contribuído para o reconhecimento do território onde os sujeitos estão inseridos, ampliando e garantindo o atendimento da rede, e estabelecendo parceria com as UBSs para a construção de projetos terapêuticos que possam beneficiar os usuários do SUS conforme a necessidade de cada um”, informa Luciana Diederich.

Ações

O trabalho de implantação do Apoio Matricial em Saúde Mental, na zona Sul, foi iniciado em julho de 2015, quando foram organizados encontros com profissionais das Unidades Básicas de Saúde com o objetivo de apresentar e divulgar o Apoio Matricial, buscando esclarecer a proposta para o fortalecimento da rede psicossocial.

O público alvo dos encontros foram profissionais de 15 UBSs, de duas policlínicas e de 51 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF).  Atualmente são desenvolvidas atividades de visitas às UBSs conforme demanda de cada uma e, em conjunto com a equipe, são realizadas visitas domiciliares aos usuários, na tentativa de construir uma rede de cuidado.

“O matriciamento já é uma estratégia utilizada em outros locais do país e foca no chamado cuidado compartilhado, onde a equipe de Apoio Matricial e a equipe de profissionais da Atenção Primária estabelecem uma parceria para acompanhar o usuário da rede de saúde.

A nova linha de cuidado em Saúde Mental quer inverter a lógica de que pessoas devem ser acompanhadas exclusivamente em hospitais psiquiátricos, mostrando que também podem ser atendidas na Atenção Primária, onde o cuidado é feito de forma mais próxima, na própria comunidade em que o paciente vive e circula”, destaca.

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