Susam usa medidas estruturais no atendimento a crianças com síndrome respiratória

Reunião foi realizada nesta segunda-feira com a FVS e gestores da Susam (Foto: Divulgação)

Amazonas – A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) adotou medidas estruturais em sua rede de atendimento para receber crianças com suspeita da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), uma doença causada por vírus.

No mês passado, dez crianças foram vítimas da doença após chegarem em estado grave nos prontos socorros da capital. Exames realizados nos pacientes diagnosticaram os vírus da Influenza B e o Vírus Sincicial Respiratório, como causadores da SRAG.

Os casos de crianças com a doença registrados em abril não foram os primeiros no Amazonas, mas surgiram com mais frequência nos prontos socorros da capital a partir do dia 21 do mês passado, por conta do período climático.

No mesmo dia, a secretaria executou ações para monitorar o atendimento dos pacientes. “Em dez dias de monitoramento da doença, constatamos a importância de se traçar um plano de ação estrutural em toda a rede estadual de atendimento e, por essa razão, mudamos nossa estratégia para receber as crianças”, afirmou a secretária da Susam, Mercedes Gomes.

Nesta segunda-feira (1º). de maio, Mercedes convocou uma reunião com gestores das áreas de urgência, emergência, pediatria e Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde para definir as diretrizes de atendimento aos casos suspeitos de SRAG nos prontos socorros da capital. “Adotamos cinco medidas na rede de atendimento, que acreditamos vão dar mais segurança às crianças até o fim desse período climático  mais complexo”, disse a secretária.

Prontos Socorros

De  acordo com ela, as principais medidas adotadas pela Susam para melhorar o processo de atendimento à SRAG foi o reforço no plantão pediátrico com a ampliação dos leitos nas enfermarias dos hospitais de Manaus além  da criação de um grupo itinerante demonitoramento das ações (médicos e enfermeiros) realizadas nos hospitais.

Também será implantada  a entrega do “kit-alta”, com medicamentos para continuidade do tratamento domiciliar e o acompanhamento dos pacientes recém-liberados dos prontos socorros por profissionais dos Centros de Atenção Integral à Criança (CAICs).

“Após a análise dos prontuários, observamos que as crianças que foram a óbito e, haviam sido atendidas nas unidades do Estado, foram conduzidas corretamente”, disse Mercedes.

Maternidades

A quinta medida adotada pela Susam para combater a síndrome respiratória aguda grave é a disponibilização de um medicamento para aumentar a imunidade dos recém-nascidos prematuros (até 32 semanas) nas maternidades do Estado, com a aplicação da Palivizumabe.

. “Constatamos que outra característica de uma parcela das crianças com a SRAG é que elas eram prematuras e, consequentemente, possuíam imunidade baixa. Por isso, o organismo não conseguia combater a doença de forma eficaz apesar do tratamento com o Tamiflú (específico para esses casos)”, explicou.

A Palivizumabe é um anticorpo específico contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Não é uma vacina, pois não estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos – é um anticorpo pronto que neutraliza o VSR circulante e inibe sua proliferação.

“É a única forma disponível, hoje, para a prevenção de quadros graves de infecções respiratórias em lactentes. O medicamento é o mais avançado nesse tipo de prevenção e usado por grandes instituições brasileiras de saúde, como o Hospital Israelita Albert Einstein”, disse Mercedes.

Outra forma de prevenir contra a síndrome respiratória aguda grave é vacinando as crianças contra o vírus da gripe, principalmente, o Influenza. “Esse vírus não é o único causador da SRAG, mas a imunização contra ele reduz em pelo menos em 90% a 100% a possibilidade de a criança adquirir a doença”, concluiu a secretária da Susam.

Amazonianarede

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