Brasília – Eduardo Braga (MDB-AM) está entre os quatro senadores que continuarão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na operação Lava Jato por conta de doações do grupo J&F nas eleições de 2014.
Nessa eleição, Braga foi derrotado por José Melo (Pros) na disputa pelo Governo do Amazonas.
O senador foi incluído em uma lista de dez parlamentares, sendo seis deputados federais, inclusive o futuro chefe da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que são suspeitos de ter recebido doações de dinheiro de caixa dois.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que as investigações continuem como petições autônomas. Há peculiaridades apontadas em cada doação eleitoral, conforme relatos de delatores da J&F.
Inquérito
Em maio deste ano, o relator da operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, mandou abrir inquérito para apurar se tais doações configuram crimes. O dinheiro teria saído do caixa dois da J&F para as mãos de candidatos do MDB nas eleições de 2014.
Depoimentos de delatores como o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud denunciaram que houve corrupção e lavagem de dinheiro nas doações.
Braga e outros políticos do MDB teriam sido beneficiários dessas doações para sustentar apoio à reeleição de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República em 2014. Isso foi o que a PGR denunciou ao STF.
As doações via J&F pretenderiam arrefecer os ânimos dos medebistas, que ameaçavam pular para a candidatura do tucano Aécio Neves (MG).
O nome de Braga apareceria em tabela de pagamentos da holding de Wesley Batista, segundo a PGR.
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