Manaus, AM – A socialite Marcelaine dos Santos Schumann, condenada a mais de sete anos de prisão pela tentativa de homicídio da advogada Denise Silva, cumprirá prisão em regime domiciliar a partir desta quarta-feira (22). O pedido da defesa foi acatado pela Vara de Execuções Penais (VEP) na terça (21), vinte dias após a socialite ter sido julgada pelo crime. Ela deverá trabalhar de 7h às 17h e será monitorada por tornozeleira eletrônica
A solicitação foi feita pelo advogado de defesa Eguinaldo Moura, no dia 3 de junho. Ele fez um pedido para que Marcelaine pudesse cumprir expediente em trabalho externo.
“Ela conseguiu um empregador que a aceitasse como funcionária, junto com o pedido eu pedi que ela fosse monitorada. Ela tinha a opção de retornar para o semiaberto ou ser monitorada 24h, podendo retornar para casa”, explicou Moura.
Marcelaine era sócia-proprietária de uma loja de equipamentos náuticos na Zona Leste de Manaus. Segundo a defesa, Schumann vendeu sua parte da empresa e agora atua como representante de vendas de uma fabricante de embalagens. Moura reiterou que, pelas características da função, a socialite poderá percorrer toda a cidade durante o expediente, das 7h às 17h, de segunda a sábado.
“Ela deverá bater ponto de entrada e saída na empresa e se recolher em casa a partir de 18h. Domingos e feriados ela não poderá sair de casa. É importante dizer que esse procedimento não é só para ela. Todas as presas que estão no semiaberto têm esse direito. Basta pedir e conseguir um emprego”, reforçou o advogado da socialite.
Crime
A tentativa de homicídio ocorreu em novembro de 2014 no estacionamento de uma academia no Centro de Manaus. Denise estava dentro de um automóvel quando um homem se aproximou e atirou. Um dos tiros atravessou o vidro lateral e o projétil atingiu o pescoço da vítima.
Denise é casada com um advogado e Marcelaine com um publicitário, mas segundo a denúncia, ambas mantinham relacionamento amoroso com o empresário Marcos Souto, de 50 anos, que também é casado. Ele é apontado como o pivô do crime.
“A mandante criou na cabeça dela que o namorado estava tendo um caso com a Denise. Ela ofereceu R$ 7 mil para o executor matar ou aleijar a vítima, mas eles receberam apenas R$ 4 mil”, disse o delegado Paulo Martins, então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), logo após a prisão de três pessoas envolvidas no crime.
Schumann foi julgada culpada pela tentativa de homicídio de Denise, que ocorreu em novembro de 2014. Ela foi condenada a 7 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto. Além dela eram réus: Rafael Leal dos Santos, o “Salsicha”; Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco; Karen Arevalo Marques e Edney Costa Gomes, que foi absolvido.
Denise é casada com um advogado e Marcelaine com um publicitário, mas, segundo a denúncia que teve confirmação durante depoimentos no julgamento, ambas mantinham relacionamento amoroso com o empresário Marcos Souto, de 50 anos, que também é casado. Ele é apontado como o pivô do crime.
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