Série B termina com retorno de campeões à elite e festa dupla em SC

(Fonte: Gazetapress)

Ainda sob desconfiança da torcida, o Palmeiras voltava à disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Sem aprender a lição há dez anos, o clube do Palestra Itália tratava o acesso como obrigação, mas não precisou de um desempenho fantástico para atingir seu objetivo e ainda levar o título.

O time comandado por Gilson Kleina não encantou, fez o suficiente para logo abrir vantagem na ponta e confirmou o retorno ao seu devido lugar na 32ª rodada, em um melancólico empate sem gols diante do São Caetano no Pacaembu. A taça veio quatro jogos depois, com uma vitória sobre o Boa Esporte, por 3 a 0.

Mesmo sem obter a melhor campanha da era dos pontos corridos na Série B, o Palmeiras levará bons números de sua segunda passagem pela ‘Segundona’. Com quase 70% de aproveitamento, o Verdão mostrou eficiência na defesa e termina sua participação com a zaga menos vazada, apenas 28 gols em 38 partidas. A parte ofensiva também não deixou a desejar. O clube do Palestra Itália marcou 71 gols, apesar de não ter o artilheiro da competição. Com 14 tentos, Alan Kardec esteve distante de Bruno Rangel, da Chapecoense, que balançou as redes em 31 ocasiões e agora detém o recorde de maior goleador da história de uma edição do torneio.

A surpresa positiva pelo desempenho do atacante é apenas um reflexo do que o seu time fez ao longo do ano. Depois de conquistar o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro em 2012, a Chapecoense iniciou a competição como um dos ‘azarões’, candidata até mesmo à briga contra o rebaixamento. Desde o início, no entanto, a equipe catarinense calou os críticos e figurou no topo da tabela já nas rodadas iniciais. Apesar de alguns momentos irregulares, o Verdão do Oeste jogou como time grande e ‘ligou o piloto automático’ na reta final para fazer a festa do torcedor de Chapecó com o acesso à elite.

Assim como o Palmeiras, outra equipe da edição de 2013 da Série B tinha uma obrigação com o seu torcedor. Campeão Brasileiro em 1987, o Sport caiu ao lado do clube do Palestra Itália, mas também garantiu o seu retorno à elite no final da temporada. O Leão da Ilha, no entanto, teve um ano mais conturbado. Apesar de figurar entre os primeiros colocados desde o início da competição, a equipe pernambucana teve o acesso confirmado apenas com uma rodada de antecedência, quando a torcida rubro-negra fez uma enorme festa no Recife e mostrou por que o seu time não pode ficar longe da primeira divisão.

Na última rodada da competição, três times ainda brigavam pela vaga restante. Figueirense, Icasa e Ceará ainda tinham chances de subir, mas apenas o Vozão jogava diante de sua torcida. A equipe alvinegra, no entanto, decepcionou e perdeu para o Joinville. O Verdão do Cariri também foi derrotado pelo Paraná e assim os catarinenses precisaram apenas de um empate com o Bragantino para retornar à elite. Desta forma, com uma possível permanência do Criciúma, Santa Catarina terá três representantes do estado na primeira divisão do futebol brasileiro.

Fantasma exorcizado, decepção azul e nada de ‘bicho-papão’

Apesar de ter se despedido do torcedor com uma vitória nesta sexta-feira, 1 a 0 sobre o São Caetano, o ASA foi o primeiro time a ter o rebaixamento à terceira divisão confirmado. Se ainda no início da Série B, alguns associavam a presença do Palmeiras na ‘Segundona’ de 2013 com o histórico embate pela Copa do Brasil em 2002, quando os alagoanos eliminaram o clube do Palestra Itália, o time de Arapiraca ficou longe de incomodar o Verdão. No outro extremo da tabela de classificação, teve a degola confirmada já na 36ª rodada.

O segundo rebaixamento sacramentado na competição ajudou a reiterar a pior temporada da história de 23 anos do São Caetano. Vice-campeão da Libertadores em 2002 e segundo lugar no Campeonato Brasileiro em 2000 e 2001, o clube do ABC paulista amargou a queda à Série A2 do Paulista no primeiro semestre. O revés não serviu de alerta, já que o Azulão não conseguiu mostrar poder de reação para a disputa da Série B e teve a certeza da degola com antecedência, confirmando o ano catastrófico.

Também com um registro histórico na principal competição da América do Sul, o Paysandu deixou a desejar e esteve longe de lembrar aquele esquadrão que bateu o Boca Juniors dentro de La Bombonera na Libertadores de 2003. Apesar do apoio da torcida bicolor, que lotou a Curuzu na maioria dos jogos como mandante, a equipe paraense esteve longe de ser um ‘Bicho-Papão’. A aposta em ídolos do passado, como Iarley, não rendeu resultados positivos, e o time, que antes era cotado como uma possível surpresa na briga pelo acesso, também amargou o retorno à terceira divisão nacional.

A lista dos quatro rebaixados demorou a ficar completa. Na última rodada, no Serra Dourada, Atlético-GO e Guaratinguetá faziam um confronto direto pela permanência na Série B, e a indecisão sobre quem cairia permaneceu até os 41 minutos do segundo tempo. O empate rebaixaria a equipe goiana, mas com dois gols no fim, o Dragão conseguiu se salvar e jogou o Guaratinguetá para a degola. A edição de 2013 da ‘Segundona’ era definida em Goiânia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.