Seis servidores da Umanizzare foram presos tentando entrar com celulares no presídio  do Puraquequara

Funcionarios da Umanizzare, presos, tentano entrar com celulares em presidios

Seis Funcionários da  empresa Umanizzare, responsável pelos presídios  da capl, oram levados para delegacia na tarde deste sábado. Conversas com presos foram descobertas em celular de um dos agentes

Manaus, AM – Um grupo de funcionários da empresa que administra os presídios no Amazonas foi preso tentando entrar com 11 celulares na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na manhã deste sábado (2). Um agente de socialização foi flagrado com os aparelhos; outros dois são acusados de entrar com materiais ilícitos e seis funcionários são suspeitos de facilitar a ação criminosa na UPP, que fica localizada na Zona Leste de Manaus. Um ex-agente suspeito de participar do esquema também foi detido.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que o esquema foi descoberto quando o agente de socialização da empresa Umanizzare Gestão Prisional foi flagrado tentando entrar na unidade com 11 celulares e R$ 300 em espécie. Dois agentes também são acusados de entrar na unidade com materiais ilícitos e outros seis de facilitar a ação.

Segundo a Seap, o agente flagrado iria levar os aparelhos para internos da galeria 5. A Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) apoiou a Seap na ocorrência na casa de um ex-funcionário, acusado de participar do esquema, onde encontrou uma arma de fogo.

Depois de serem ouvidos pela Seap, os acusados foram encaminhados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para os procedimentos de flagrante.

De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel da Polícia Militar, Cleitman Coelho, os agentes da empresa e funcionários da Seap que flagraram a ação agiram conforme as normas adotadas para coibir a entrada de materiais proibidos nas unidades prisionais.

Presídio do Puraquequaquara, Manaus

“Temos que atacar nas origens do problema. Uma delas é a corrupção por parte de pessoas que atuam em unidades prisionais. Vamos agir para impedir ações como essas, sejam os envolvidos funcionários da empresa ou servidores da Seap”, afirmou o secretário.

Ameaça ao  supervisor

A ação do agente iniciou quando ele entrou na unidade, por volta de 6h. Ele passou pelo procedimento de revista e, depois, se dirigiu à sala do serviço social, na área da relatoria, e abriu a janela da sala. O agente retornou ao carro e colocou os celulares pela janela da sala do social, e voltou para pegar os aparelhos, quando foi flagrado pelo supervisor do turno da noite.

O agente teria ameaçado o supervisor, e dito que, se ele o entregasse, sofreria consequências. O agente foi impedido de sair da sala do social por outros funcionários da empresa, que acionaram a equipe da Seap de plantão na unidade. O agente confessou que sairia da sala e passaria pela revista com os celulares sem ser impedido, pois os colegas á sabiam do esquema e iriam colaborar.

Celulares apreendidos

Ao ser interrogado na UPP, o agente entregou mais dois servidores que estariam participando do esquema. No celular do agente foi constatado que havia conversas dele com os presos que receberiam os celulares e com um ex-agente da empresa. Na conversa com o ex-agente, o agente de socialização flagrado tinha combinado um ponto de encontro para buscar mais material ilícito. A equipe da Seap, com o apoio de policiais militares da Rocam, foi à residência do ex-agente, onde encontrou uma arma de fogo.

Em nota, a Umanizzare informou que um dos agentes foi identificado em flagrante pelos supervisores da própria Umanizzare na área administrativa da Unidade, por volta das 8h da manhã, quando tentou esconder uma sacola com celulares em uma das dependências administrativas.

“Como é padrão na cogestão da unidade, os agentes de socialização da Umanizzare, quando denunciado, apurado ou constatado ato indisciplinar ou infracional cometido por qualquer de seus colaboradores, a Umanizzare toma de imediato as providências cabíveis. A empresa reafirma que os funcionários da Umanizzare passam por rigoroso processo de seleção [e que] todos os funcionários são submetidos a revista e fiscalização diárias pelos agentes públicos competentes”, afirmou nota.

Unidade Prisional de Puraquequara é um dos presídios administrado pela Umanizzare (Foto: Suelen Gonçalves)

Sobre a Umanizzare

A Umanizzare, empresa que administra o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, é responsável pela gestão de outras sete unidades prisionais no país – cinco no Amazonas e duas no Tocantins.

Amazonianarede-SAM

 

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