Manaus, AM – Seis pessoas morreram após serem baleadas em um campo de futebol dentro do Centro Social Urbano (CSU) do bairro Compensa 2, na Zona Oeste de Manaus. O fato ocorreu por volta das 22h desta terça-feira (12). Nove pessoas ficaram feridas.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que um bando armado fez diversos disparos de fuzil em direção ao campo, onde ocorria um treino entre jogadores dos times Compensão e T5 Jamaica. O grupo fugiu em duas picapes após os disparos.
Duas pessoas morreram no local e quatro chegaram a ser encaminhadas a unidades de saúde da capital, mas não resistiram aos ferimentos. As outras vítimas seguem no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias.
O titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Juan Valério, disse que vai recuperar imagens das câmeras de segurança no local para tentar identificar os autores do crime. Ele afirma que a situação pode ter sido motivada por uma guerra entre facções.
“Foi especificamente voltado contra um time de futebol da área da Compensa, que possivelmente tem envolvimento com o crime. É o que se tem notícia. Algumas das pessoas que vieram a óbito eram envolvidas com tráfico de drogas”, disse.
Familiares e amigos das vítimas compareceram ao Instituto Médico Legal (IML) para reconhecer os corpos. Michel de Sena Passos tinha 32 anos e assistia ao treino de futebol quando foi baleado. Ele morreu no SPA Joventina Dias.
Ele também era treinador voluntário de uma escolinha de futebol, que mantinha aulas no campo onde o crime ocorreu. “O Michel trabalhava como entregador de pizza.
A chefe dele contou que pediu para ele ir lá e ele disse que já estava indo, mas que antes ia passar no campo. Ele tinha chegado fazia pouco tempo quando isso aconteceu”, afirmou um familiar da vítima, que não quis se identificar.
No local do crime, moradores relataram medo após o ocorrido. “Já estava pronta pra dormir com meu marido e três filhos quando ouvi os tiros. Era muito tiro. Foram uns 20. Primeira coisa que eu fiz foi ir pra sala pra proteger as crianças”, contou uma mulher que mora na área e que pediu para não ser identificada.
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