Ramais intrafegáveis e barcos velozes atrapalham a vida dos produtores de várzea em Manacapuru

Manacapuru – Os produtores rurais do município de Manacapuru estão tendo muitas dificuldades em fazer o escoamento da produção para os pontos de venda na cidade. Mas, nas áreas de várzea do município, pior é o desrespeito dos proprietários de embarcações velozes.

Outro fator que está causando muitos transtornos aos produtores interioranos que vivem nas localidades de várzea, hoje inteiramente alagadas pela enchente do Solimões, é o desrespeito dos comandantes e proprietários de embarcações de linha, como por exemplo, os velozes “jatos”, que com a alta velocidade que desenvolvem vão destruindo tudo o que encontram e os prejuízos causados aos ribeirinhos são grandes.

Os agricultores, vindos do interior para vender frutas, verduras, hortaliças e outros produtos, como farinha, feijão de praia, nacaxeira e outros, estão fazendo vários malabarismos para conseguir colocar os seus produtos nos mercados e feiras da cidade. Os sacrifícios são enormes.

O problema está no transporte dos produtos. Poucos ramais oferecem boas condições para o transporte, o que faz com que muitas vezes sofram avarias, na demora e no balanço dos caminhões.

No ramal do Arapapá, segunda-feira (06/05), um caminhão não conseguiu subir um pequeno barranco e ficou atolado. São trechos onde não existe piçarra e a lama e os buracos dificultam ainda mais a movimentação de veículos. Parte desse ramal corre o risco de desabar. A água da enchente já chegou e com o tempo a terra enfraquece, trazendo riscos de desmoronamentos.

Ajatos

Uma outra situação que também é entrave na vida dos produtores é a questão dos barcos velozes, os famosos jatinhos, que, com a subida das águas, começam a causar transtornos aos ribeirinhos.

Alguns produtos que são colocados à beira do rio acabam sendo levados pelo banzeiro formado por esses barcos, que passam em alta velocidade e muito próximos às casas.

Os moradores, mais uma vez, pedem a compreensão dos condutores ou a intervenção da Marinha, através da Capitania dos Portos. Essa é uma situação que acontece todos os anos e até agora não houve solução.(Zeg-Deg/Voz de Manacapuru)

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