Projeto Reeducar encerra atividades e comemora resultados de 2018

Projeto Reeducar encerra atividades e comemora resultados de 2018

Quase dois mil liberados provisórios da Justiça passaram pelas atividades do projeto neste ano, que incluíram palestras, cursos e ações de encaminhamento ao mercado de trabalho.

Amazonas – O Projeto Reeducar, que atua na reinserção social de liberados provisórios da Justiça, promoveu na manhã desta segunda-feira (17) o encerramento das atividades programadas para 2018 e reuniu 150 reeducandos e suas famílias para um evento natalino, no auditório do Fórum Ministro Henoch Reis, no Aleixo.

Idealizado e coordenado pela juíza Eulinete Tribuzy, titular da 11ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o Reeducar já atendeu, desde sua implantação, em 2009, 12.640 liberados provisórios. De janeiro a dezembro deste ano, foram 1.990 pessoas atendidas.

“Com grande alegria encerramos mais um ano de trabalho, avaliando o projeto como uma proposta exitosa, que colabora com a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Isso é o mais importante para nós. Junto com a nossa Lei Maior, estamos fazendo esse projeto de inclusão social, que avança a cada ano graças à parceria de instituições e entidades que conduzem conosco as atividades do Reeducar”, afirmou a juíza Eulinete Tribuzy, destacando que no universo de pessoas atendidas até o momento pelo projeto – mais de 12,6 mil pessoas, em nove anos de atividades – a taxa de reincidência na prática de delitos é de 3%.

O evento desta segunda-feira, no auditório Fábio Antônio Teixeira do Couto Vale, do Fórum Henoch Reis, contou com a participação do juiz auxiliar da Presidência do TJAM, Alexandre Novaes, que representou o presidente da Corte, desembargador Yedo Simões; do defensor público Miguel Henrique Tinoco de Alencar, um dos idealizadores do projeto, que atua na 5ª Vara Criminal, respondendo pelo Núcleo Especializado no Atendimento à Mulher e representou o defensor público-geral do Estado, Rafael Barbosa; da promotora de Justiça Elis Helena de Souza Nobre, representando o Ministério Público do Amazonas; do presidente da Amazonprev, Márcio Rys Meirelles de Miranda; da juíza Lídia de Abreu Carvalho Frota, auxiliar da vice-presidência do TJAM; do secretário-executivo adjunto de Administração Penitenciária, major Agnelo Batista Lima Júnior; da vice-presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas (Amazon), juíza Mônica Cristina Raposo da Câmara Chaves do Carmo;  da juíza da 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute), Rosália Guimarães Sarmento; e do ouvidor da Secretaria de Segurança Pública, Aloísio Paes.

O juiz Alexandre Novaes reafirmou o apoio da gestão ao Projeto Reeducar. “O Reeducar é a demonstração de que o Poder Judiciário também se preocupa com a questão social, com a questão da oportunidade, de dar uma chance àquelas pessoas que, eventualmente, por um deslize da vida, acabaram cometendo alguma infração, alguma ilicitude. Projetos como este devem ser incentivados pela cúpula do Poder Judiciário, no sentido de oportunizar a essas pessoas condições de se reintegrarem ao meio social e mostrar a elas um caminho da correção, dos atos adequados da vida em sociedade, estimulando a prática de boas ações”, afirmou o magistrado.

Parcerias engajadas

O projeto conta com parcerias como a do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), o que segundo a diretora acadêmica da instituição, Arlene Bomfim, é motivo de honra. “O Cetam tem uma grande missão que é promover a educação profissional para todos os cidadãos, independentemente da condição social e da condição de liberdade. Fazer esse trabalho em parceria com o Tribunal de Justiça é de extrema satisfação e nospermite cumprir nossa missão. Somos parceiros do Reeducar há algum tempo, em diversos cursos e nos orgulha fazer parte desse projeto”, afirmou a diretora.

O chefe do Departamento de Qualificação Profissional da Secretaria Municipal de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação, Giovani Caldas da Silva Filho, considera importante dar uma chance a quem se arrepende de um passo errado na vida.

“O Departamento oferece curso para esses egressos e encaminha para o Sine, onde se busca a reinserção da pessoa no mercado de trabalho. Eu mesmo fui professor de um curso de Técnicas de Atendimento ao Público, que teve a participação de 16 egressos e foi uma experiência maravilhosa, pois são pessoas que querem estudar e dar certo na vida”, conta Silva Filho.

O coronel PM Wanderley Kasutoshi Yokoyama, coordenador do projeto “Formando Cidadão”, com 21 anos de atuação, tem experiência no tipo de atividade educativa e acredita na segunda chance para os jovens. “Entendo que as oportunidades devem ser dadas novamente para as pessoas se ressocializarem.

O Reeducar é inteligente porque traz o jovem de volta para a sociedade, de forma sadia e honesta”, declarou o coronel, que também prestigiou o evento desta segunda, organizado pela equipe do Reeducar.

Além da Defensoria Pública, Cetam e Polícia Militar, o Reeducar conta, ainda, com a parceria do Ministério Público, Senai, Senac; Semtrad; Narcóticos Anônimos; Alcoólicos Anônimos; organizações não governamentais e voluntários. A equipe multidisciplinar do projeto é formada por Nádia Telles, Cinthya Iannuzzi, Fábio Conceição e Bruno Cordeiro.

Amazoninarede–Tjam

 

 

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