Manaus, AM – A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop), em conjunto com a Delegacia Especializada em Ordem Política e Social (Deops), prenderam na tarde de segunda-feira (12/11) o foragido do regime semiaberto Alex da Silva Sabóia, 45. A prisão ocorreu na comunidade São Francisco, município de Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus.
De acordo com as investigações, Alex é apontado pela polícia como autor do assassinato do detento Daniel Ferreira Chaves e está envolvido na morte de Andressa Castilho de Souza, 23, desaparecida desde o dia 28 de novembro do ano passado, após visitar o companheiro no regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
Conforme o secretário de Estado de Segurança Pública, coronel Amadeu Soares, a prisão de Alex é um passo importante nas investigações de um crime macabro, realizado na área de mata do Compaj. “Muitas pessoas envolvidas ainda vão ser presas.
Com a prisão de Alex, vamos conseguir informações do modus operandi do crime que resultou na morte de Daniel, além da motivação do desaparecimento e possível assassinato de Andressa, que gerou muita comoção na época e, em breve, devemos elucidar o caso”, afirmou.
De acordo com o secretário executivo adjunto de Operações, delegado Guilherme Torres, Alex vinha sendo investigado há um ano e é tido como peça-chave para desvendar o desaparecimento de Andressa e morte do detento Daniel. “Nossa equipe vinha monitorando a casa de Alex há vários dias. Montamos algumas operações para prender o foragido e ontem conseguimos lograr êxito. Ele foi preso dentro de casa e não reagiu à prisão”, informou.
Ainda segundo o delegado, após a prisão de Alex, o desaparecimento de Andressa passou a ser tratado como um caso de homicídio, uma vez que apesar estar desaparecida há um ano, a polícia ainda não possui nenhuma prova técnica, testemunhal, ou autor preso que confirme a morte da jovem.
“A peça principal para dar uma linha de investigação era a prisão do Alex Saboia. Nós temos dois homicídios, do Daniel e da Andressa. No ano passado, durante as investigações, descobrimos que os envolvidos nessas mortes eram integrantes uma organização criminosa que agiam dentro do semiaberto do Compaj. Agora posso garantir que mais prisões de envolvidos nesse caso vão acontecer e não descartamos nenhuma hipótese, nem mesmo o envolvimento do marido de Andressa”, disse Torres.
Dois inquéritos policiais foram instaurados pela Seaop para apurar os assassinatos. Alex foi preso em cumprimento a mandado de prisão temporária, deferido no plantão criminal pela juíza de direito Aurea Lina Gomes Araújo.
Família
O pai de Andressa, pastor Rilson Moraes, disse que nunca perdeu a esperança de que a polícia encontraria os envolvidos no desaparecimento da jovem. “Quero agradecer o delegado Guilherme pelo trabalho. Ele me prometeu que não iria esquecer do caso e assim o fez. Tenho fé em Deus que vamos descobrir quem fez isso com a minha filha e poder encontrar o corpo dela. Ela merece um enterro digno e também precisamos de respostas, pois os filhos dela até hoje esperam a mãe voltar para casa”, disse.
Sumiço
Andressa Castilho desapareceu dia 28 de novembro de 2017, após visitar e levar mantimentos ao companheiro, o detendo identificado como Júlio Cesar, que cumpria pena no regime fechado do Compaj pelo crime de roubo.
De acordo com o registro de entrada e saída de visitas na penitenciária, Andressa entrou na unidade por volta das 8h07 e saiu do local às 9h58. Imagens do circuito interno e externo do Compaj mostram Daniel e Andressa conversando perto de uma árvore, em frente ao semiaberto. Depois disso, a jovem não foi mais vista.
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