Prefeitura lacra prédios em situação de risco

(Foto: Internet)

As más condições de higiene, o risco de desabamento e de um curto circuito que poderiam ocasionar um incêndio foram os motivos principais que levaram a Prefeitura de Manaus a interditar, na quarta-feira, 28, dois prédios – de números 428 e 430, avenida Sete de Setembro, Centro Histórico de Manaus.

No primeiro prédio funcionava, em condições precárias, um restaurante e um depósito de carrinhos de vendedores ambulantes. No segundo, havia, no piso térreo, um depósito de gelo, uma oficina onde eram feitos reparos em carrinhos de barracas de camelôs; no segundo piso, residiam um homem solteiro e uma senhora de 38 anos de idade com dois filhos, uma menina de seis anos e um menino de nove.

A ação de interdição começou por volta de 10h desta quarta-feira. Participaram da ação, que foi liderada pela Secretaria Municipal do Centro (Semc), o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), a Defesa Civil e as Secretaras Municipais de Ação Social e Direitos Humanos (Semasdh), de Limpeza Pública (Semulsp) e de Saúde (Semsa), com o pessoal do Departamento de Vigilância Sanitária (DVisa). Conforme Marcelo Tabosa, fiscal do Implurb, os prédios não tinham condições de moradia, de higiene e de trabalho. “Não havia como morar num local como este, nem mesmo trabalhar”, afirmou.

No prédio de número 428, que tinha um único piso, onde funcionava o restaurante e o depósito de carrinhos de camelôs, havia instalações hidráulicas e de esgoto, que ofereciam grande risco à saúde, pois ali eram preparadas as comidas comercializadas no local. As instalações elétricas estavam expostas, apresentavam remendos e ofereciam grave risco de um curto circuito que podia provocar um incêndio.

No segundo prédio interditado, o de número 430, de dois pisos, que foi construído no início do século passado, a mesma situação se repetia, acrescentando-se as rachaduras interiores na alvenaria e na fachada, que tinha uma brecha de aproximadamente 3 centímetros.

Circulam no local, em torno de 50 pessoas, conforme a Semc. A maioria delas é formada por comerciantes informais que atuam nas ruas do Centro e uma pequena parte é de homens que trabalham no reparo das barracas. Já no andar superior, morava um homem, identificado apenas como Guilherme, que pagaria R$ 350 de aluguel, por todo o pavimento, que ele dividia com a autônoma Cristiane Ribeiro, 38, que residia ali há oito anos.

Conforme a Semasdh e a Semc, a senhora Cristiane e o senhor Guilherme receberão auxílio do Aluguel Social, da Prefeitura de Manaus, para que possam mudar de endereço até ficarem residência noutro local. Colaboradores da Semulsp ajudaram a realizar a mudança deles. Já os carrinhos de vendedores ambulantes continuaram dentro do prédio e serão retirados assim que os proprietários dos prédios forem notificados. Eles devem ser orientados a tomar as devidas providências de recuperação dos imóveis, para que eles possam ser reabertos.

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