Prefeitura faz ação integrada para atender famílias em áreas alagadas

Manaus – O prefeito Arthur Virgílio Neto visitou, na manhã desta segunda-feira, 27, as áreas atingidas pela cheia no bairro São Jorge, zona Oeste, onde várias secretarias municipais realizaram uma ação integrada para minimizar os impactos causados pelas alagações.

A Prefeitura atuou no local com quase 200 agentes da Defesa Civil de Manaus, Guarda Municipal, secretarias municipais de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), Saúde (Semsa), Produção e Abastecimento (Sempab), Infraestrutura (Seminf), além da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).

O prefeito caminhou pelas pontes construídas, preventivamente, pela Defesa Civil nos becos Bragança, Itaporanga e Santa Terezinha, ouvindo moradores e acompanhando a ação integrada de atendimento às famílias.

Arthur também fiscalizou as casas que correm risco de desabamento durante um passeio de lancha no igarapé da Cachoeira Grande, afirmando que percorrerá todos os 14 bairros afetados pela cheia.

“A solução definitiva virá quando as famílias forem retiradas pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), do Governo do Estado. Enquanto isso não acontece, estaremos presentes para minimizar o sofrimento dessas pessoas e, principalmente, para evitar que desastres aconteçam, retirando as famílias mais afetadas pelas cheias e levando ações de saúde”, destacou Arthur Neto.

Segundo dados da Seinfra, somente no São Jorge, 5.500 famílias serão beneficiadas pelo Prosamim. “Serão 2.099 casas retiradas e mais de 22 mil pessoas que serão removidas das comunidades Kako Caminha, Arthur Bernardes, Humberto de Campos, Ambrosio Ayres e Santa Terezinha no primeiro semestre do próximo ano”, informou Tânia Guimarães, coordenadora de Assistência Social do Prosamim.

De acordo com o balanço da Defesa Civil, 14 bairros já foram atingidos pela subida do Rio Negro: São Raimundo, Glória, São Jorge, São Geraldo, Presidente Vargas, Aparecida, Centro, Raiz, Betânia, Morro da Liberdade, Educandos, Compensa, Mauazinho e Colônia Antônio Aleixo. Todas as localidades já estavam sendo acompanhadas pelo Município desde quando a cota dos rios ainda atingia os 27 metros.

Nesta segunda-feira, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou que a cota já é de 29,16 metros e a expectativa é que alcance os 29, 46 metros.

Prevenção à saúde

Durante a ação no bairro São Jorge, os profissionais da Semsa avaliaram a situação de risco das famílias, distribuindo hipoclorito de sódio para que os moradores não consumam água contaminada. Agentes ainda realizaram a desratização e aplicação do fumacê para controle de mosquitos.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Evandro Melo, o acúmulo de lixo embaixo das residências também é outro grande problema. Por isso, a Semulsp vem realizando a limpeza das áreas visitadas, recolhendo, em média, 30 toneladas por dia dos igarapés da cidade.

A Semsa iniciou as ações de prevenção no mês de abril com o levantamento dos fatores de risco para a saúde nas áreas sujeitas à cheia do rio Negro. As ações de saúde incluem o levantamento da situação vacinal e imunização os moradores das áreas de risco quando necessário, orientações de Educação em Saúde aos moradores e fiscalização de estabelecimentos de comercialização de alimentos que estejam em risco de contaminação.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) também está disponibilizando vacinação para cães e gatos e orientando sobre o encaminhamento de animais abandonados.

“O objetivo principal das ações de saúde é minimizar ao máximo o risco de adoecimento da população que vive em áreas que alagam durante a cheia dos rios. A Semsa pretende manter as ações de prevenção nessas áreas até o final da vazante dos rios para evitar o surgimento de novas doenças”, explicou Evandro Melo.

As ações integradas beneficiam pessoas como a dona de casa Suzana Brandão de Oliveira, de 26 anos, moradora do Beco do Bragança. “Eu nasci aqui, temos problemas durante a cheia com viroses e dengue, e é importante a prevenção. Gosto de morar aqui, mas seria importante que urbanizassem essa área do igarapé”, afirmou a dona de casa.

Ação integrada

A ação integrada iniciou no último sábado, 25, no bairro Glória, também zona Oeste, onde 502 famílias que moram nas casas afetadas pela cheia foram cadastradas. Dessas, 100 casas já estão alagadas e, de acordo com a diretora de ação social da Semasdh, Gecilda Albano, quem não teve a casa atingida pela água, mas, foi identificado em vulnerabilidade, também foi atendido.

“Dependendo do laudo da Defesa Civil, as casas que não têm condições de receber marombas, terão as encaminhadas para aluguel social. As que não estão em situação de alagamento, mas, foram identificadas em vulnerabilidade, vão receber cesta básica”, ressaltou Gecilda.

Desde março, quando começou o trabalho preventivo, a Defesa Civil de Manaus construiu 24 pontes nos bairros Glória, Presidente Vargas, Educandos e São Jorge, num total de 2.536 metros de pontes construídos.

REPORTAGEM: Alita Menezes (Semcom) / Lane Gusmão (Defesa Civil) / Eurivânia Galúcio (Semsa) 

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