Praga de lagartas prejudicam a agricultura no interior amazonense

A praga de lagartas, avança no nteior

 

A praga de lagartas, avança no nteior
A praga de lagartas, avança no nteior

Amazonas – A produção rural de três municípios do interior do Amazonas foi afetada por uma praga nas últimas semanas. Lagartas da espécie Mandarová (Erinnys ello) se espalharam por mais de mil hectares de plantações de mandioca. Queimadas e o El Niño podem ser responsáveis por desequilíbrio que gerou proliferação da praga

De acordo com o  Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), a praga foi encontrada em Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira – municípios localizados a 399, 630 e 853 km de Manaus, respectivamente.

As cidades estão entre as afetadas pela estiagem do Rio Negro.

O Idam informou ainda que ações para contar a infestação são realizadas. O abastecimento de farinha e derivados da mandioca ainda não foi afetado.

Segundo a engenheira agrônoma e gerente de Apoio à Produção Vegetal do Idam, Anecilene Buzaglo, 613 hectares foram atingidos em Santa Isabel do Rio Negro. Já em Barcelos foram 500 hectares. A praga atingiu a produção rural de mais de mil famílias.

O prjuízo começa a ser sentido elos aricultores
O prjuízo começa a ser sentido elos aricultores

“O agricultor, por não ter conhecimento da praga, demorou a identificar e comunicar o escritório, das unidades locais do Idam. Quando aconteceu isso, foi mais ou menos no dia 11 desse mês, o escritório nos comunicou. Na oportunidade, era em pontos isolados, em algumas propriedades, em algumas comunidades, e quando foi uma semana depois já estava se alastrando”, disse a engenheira agrônoma.

Segundo o Idam, o órgão recebeu, na quarta-feira (23), a notificação sobre casos em São Gabriel da Cachoeira. Ainda não há estimativa sobre a infestação no município. Há relatos de casos  em comunidades rurais que fazem fronteira com Santa Isabel do Rio Negro. Uma ação de controle deve ser iniciada no local.

“As unidades locais começaram a fazer ações de controle orientadas aqui pela central com vários métodos. A gente trabalha com método chamado MIP, que é o Manejo Integrado de Pragas. O primeiro passa vai na orientação do agricultor pra fazer a catação manual das lagartas, fazer um extrato com a própria lagarta que possa estar morta naturalmente na planta. Nela [planta] tem uma substância que mata a lagarta e pode matar potencialmente outras. Foi também indicado um produto indicado no Ministério da Agricultura e está sendo aplicado com orientação dos técnicos do Idam”, afirma Anecilene.

Causas 

A prraga vai se espalhando e o prejuízo  auetado
A prraga vai se espalhando e o prejuízo auetado

Queimadas em áreas de floresta e mudanças ambientais ocasionadas pelo El Niño podem ter influenciado o desequilíbrio ambiental que causou a procura das lagartas pelas plantações.

“Provavelmente houve um desequilíbrio biológico em função da última ocorrência de estiagem, a questão do El Niño, que aconteceu naquela região muito grave. Houve ocorrência de muito fogo, altas temperaturas. Essa praga está presente na natureza. Ela é, por exemplo, praga da seringueira.

Como deve ter faltado alimento na própria floresta, ela deve ter procurado a mandioca que também é um alimento preferido dela. Devido a questão do fogo, queimadas e da falta de alimento para os pássaros e predadores dessas lagartas, eles devem ter ido para lugares mais longe mais afastados. Isso é provável”, disse a agrônoma.

Produção

E haja, lagartas
E haja, lagartas

O Idam aponta que, mesmo com o surgimento da praga, a produção de derivados da mandioca – como a farinha e o tucupi – não devem ser afetados. O que deve ocorrer é o retardamento na evolução das plantas atingidas.

A produção dos municípios atingidos abastece a região do Alto Rio Negro e, em sua maioria, é usada pelos produtores e comercializada nos próprios municípios, segundo o instituto.

“A maioria dos cultivos atacados são plantas jovens, com até 4 meses de plantio. Essa praga não mata diretamente a planta. Ela pode matar, mas possivelmente não matará. Ela vai se alimentar das folhas. Vai ter um retardamento de desenvolvimento da planta  e uma diminuição da produtividade, mas ela deve rebrotar”, afirma a gerente do Idam.

Amaznianarede-Idam

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.