Policiais Militares e Civis do Amazonas participam de curso de combate ao tráfico humano

(Foto: Roberto Carlos/Agecom)

Quarenta policiais Militares e Civis do Amazonas participam desta segunda-feira, 18 de novembro, até quinta-feira, 22, de um curso de combate e assistência a vítimas de tráfico humano.

O Amazonas é o primeiro Estado no Brasil a receber esse curso, promovido pela Secretaria Adjunta do Programa Ronda no Bairro, em parceria com a Seção de Assuntos Internacionais de Narcóticos, Justiças e Segurança da Embaixada dos Estados Unidos.

O secretário executivo adjunto do Ronda no Bairro, coronel Amadeu Soares, destacou a importância do curso, principalmente pelo fato do Amazonas possuir uma grande área de fronteira e pelo número de turistas estrangeiros que visitam o Estado ter crescido nos últimos anos. “A ideia é formar multiplicadores, para trabalharmos tanto na capital, quanto na área de fronteira. Além de qualificar o policial, de forma que ele possa atender a ocorrência, e saiba orientar as pessoas sobre esse assunto”.

O delegado-geral da Polícia Civil, Josué Rocha, destacou a importância do trabalho em conjunto das polícias, principalmente por esse ser um tipo de crime de difícil identificação. “Esse trabalho integrado é essencial, porque esse tipo de crime é pautado na sutileza, na discrição. Nós quase não temos estatística sobre o tráfico de humanos no Amazonas”, afirmou.

Todos os palestrantes são policiais da Polícia de Miami e do FBI. Entre os assuntos abortados estão: investigação internacional, princípio de assistência a vítima e planejamento operacional de investigação, entre outros. De acordo com Walter Kerr, representante da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, a ideia do curso é trocar experiências entre os dois países com relação a esse tipo de crime que, segundo ele, afeta todo o mundo atualmente.

“Esse é um problema global. Não é algo que afete apenas o Brasil ou os Estados Unidos e vamos poder trocar impressões e saber quais os pontos em comum entre os dois países, no que diz respeito ao tráfico de humanos. Os Estados Unidos tem muita experiência no combate a esse tipo de crime, então esse evento será importante”.

Walter Kerr destaca que entre as semelhanças dos dois países nesse assunto está o fato de ambos serem porta de saída para vítimas do crime de tráfico humano, bem como também locais onde esse crime é praticado. Ele ressalta ainda que a maior parte das pessoas traficadas é explorada sexualmente ou vítimas de trabalho escravo.

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