Policiais Civis de Juruá (AM) prendem homem por caça ilegal de quelônios

Cerca de 60 animais já estavam mortos no momento da abordagem
Cerca de 60 animais já estavam mortos no momento da abordagem

Durante uma operação de patrulhamento realizada por policiais civis da 70ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), no município de Juruá, distante 674 quilômetros em linha reta de Manaus, sob a coordenação do Delegado Titular Daniel Pedreiro da Trindade e apoio da Polícia Militar, foi preso às 5h, da manhã de ontem (4), o mecânico Valterlan Trindade Pinedo, 34, por crime ambiental.
O homem foi detido em uma embarcação, no Rio Juruá, nas proximidades da comunidade Forte das Graças, há cerca de 40 quilômetros da sede do município.

A operação é realizada frequentemente durante os finais de semana, desde o mês de maio, com o objetivo de combater a caça predatória de quelônios na região do Rio Juruá, onde existe lagos que concentram grandes quantidades dessa espécie no Amazonas.

Na época da vazante do rio, que acontece de maio a agosto, tartarugas, jabutis e tracajás, se deslocam para a área de várzea, com o intuito de botarem ovos e se reproduzir. É nessa fase que caçadores fazem a captura, que é ilegal, e armazenam para comercialização.

De acordo com o Delegado Daniel Trindade, os répteis dessa família são protegidos, sendo sua captura e comércio proibidos.

“Estima-se que só nesse ano mais de 20 mil animais de casco (quelônios) tenham sido capturados aqui na região de Juruá e vendidos ilegalmente para os municípios de Uarini, Tefé, Fonte Boa, Carauari, Manaus e outros. Em três meses de operação, conseguimos resgatar cerca de 893 animais que seriam vendidos para consumo”, informou.

Os policiais apreenderam cerca de 292 quelônios, duas embarcações rápidas de pequeno porte e uma espingarda. Os animais estavam dentro de vários sacos. Ainda segundo o Delegado, cerca de 60 animais já estavam mortos no momento da abordagem, possivelmente, por asfixia.

Um homem e uma mulher, não identificados, conseguiram fugir em uma voadeira no momento da aproximação deles. Na Delegacia, Valterlan afirmou desconhecer as pessoas. Os 232 animais vivos foram devolvidos ao habitat natural pelas autoridades locais.

O homem foi autuado por crime contra a fauna (artigo 29 da Lei 9.605) e porte ilegal de arma (artigo 14 da Lei 10.826/03). Ele ficará detido na Delegacia à disposição da justiça.

Fonte: Ascom

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