I
Iranduba – A comercialização irregular de terra acontece com muita frequência no município de Iranduba, integrante da Região Metropolitana de Manaus, mas desta feita um “grileiro” se eram mal.
Um corretor de imóveis apontado como o chefe de um esquema de grilagem de terras no município, foi preso pela Polícia Federal (PF). A ação ocorreu durante a “Operação Bela Vista” , deflagrada nesta quarta-feira (15).
Ao menos 240 pessoas foram vítimas do esquema ilegal. A operação foi realizada em áreas do Projeto Integrado de Colonização (PIC) Bela Vista, localizado no município amazonense. A PF informou que as terras do PIC Bela Vista, que deveriam ser usadas apenas para atividades agrícolas e pecuárias, por colonos do projeto Terra Legal, “vinham sendo desmatadas e retalhadas em lotes”.
De acordo com o delegado Franco Perazzoni, o homem preso nesta quarta já havia sido detido em 2012 pelo mesmo crime. Perazzoni disse que ele ganhou liberdade após pagar fiança.
“São pessoas que loteam as áreas e vendem de forma ilegal. São valores que variam de R$ 10 a 20 mil reais cada lote. Identificamos, pelo menos, três loteamentos irregulares, com cerca de 703 lotes”, disse.
Policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em residências e escritórios utilizados pela quadrilha, além de um mandado de prisão preventiva contra o principal investigado, que atuava como corretor de imóveis na região.
De acordo com o delegado, as quatro pessoas foram ouvidas e liberadas em seguida. Durante a ação, policiais apreenderam equipamentos eletrônicos, pen drives, além documentos, cópias de contratos e celulares.
Segundo a PF/AM, a Justiça do Amazonas decretou o sequestro de bens no valor de R$ 3,5 milhões de envolvidos no esquema fraudulento. O valor de R$ 3,5 milhões, alvo do sequestro de bens, “é a soma dos valores aferidos pela quadrilha, cerca de 3,2 milhões de reais, e os custos de reparação dos danos ambientais na área, 300 mil reais, foram estimados pela perícia da PF”.
Amaoninarede
