Plano Diretor de Drenagem Urbana aponta medidas para os próximos 25 anos

Audiência Pública, analisou o discutiu o novo Plano Diretor Urbano da cidade
Audiência Pública, analisou o discutiu o novo Plano Diretor Urbano da cidade
Audiência Pública, analisou o discutiu o novo Plano Diretor Urbano da cidade

Manaus – A população conheceu, nesta sexta-feira, 13, o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) de Manaus, durante audiência pública realizada pela prefeitura. O estudo elaborado apresenta medidas para diminuir os problemas na drenagem, já existentes em decorrência da urbanização, bem como para prevenir ocorrência de enchentes e inundações em áreas que futuramente venham a ser urbanizadas.

O plano, que traça instrumentos de planejamento para os próximos 25 anos, foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), por meio da empresa Concremat S.A.

Durante a audiência, o PDDU foi apresentado pelo coordenador técnico e diretor de Recursos Hídricos e Saneamento da Concremat, Daniel Allosia. Os participantes puderem fazer intervenções e sugestões que serão incluídas no Plano.

De acordo com a diretora da Unidade Executora do Programa de Infraestrutura Urbana e Ambiental de Manaus (UEP) na Seminf, Myrian Koifman, os itens apresentados nesta sexta-feira vão compor o Plano de Saneamento Básico de Manaus.

Etapas 

A elaboração do Plano Diretor de Drenagem de Manaus atendeu a três etapas específicas. Todo o plano está disponível para consulta popular no site da secretaria (www.seminf.am.gov.br).

Na primeira foram realizados os serviços de campo, levantamento de dados, análise de estudos e projetos existentes. O volume de chuva, o nível do rio, o tipo de solo, a quantidade de habitantes e as áreas ocupadas fazem parte desse levantamento.

Na segunda foram realizados os estudos hidrológicos e hidráulicos básicos que incluem o diagnóstico da situação atual das redes de drenagem e a capacidade de escoamento diante da urbanização da cidade. Também foi realizado o prognóstico das condições dessas redes para as condições futuras de urbanização. “Foram feitas projeções para chuvas de até 24 horas, por exemplo. Esse diagnóstico de capacidade direcionou as medidas estruturais que precisam ser adotadas para evitar alagações em diversos pontos da cidade”, explicou Myrian.

O mapeamento foi feito em 12 bacias de drenagem urbana de Manaus, sendo elas, os igarapés do Mindu, do Goiabinha, da Vovó, da Raiz, da Cachoeirinha, do Gigante, do Aleixo, do 40, do Acariquara, do Beira Rio, do Franco e dos Franceses e Bindá. “O estudo detalhou a capacidade de drenagem dessas redes para os próximos 25 anos levando em consideração o volume de chuvas e do Rio Negro e a urbanização dessas áreas. A partir disso foi possível traçar as medidas de atuação para melhorar a rede de drenagem”, detalhou.

Medidas

Uma das etapas do Plano foi traçar o detalhamento das medidas estruturais, ou seja, os estudos de concepção em nível de gestão dos sistemas de drenagem para as condições futuras de urbanização e análise das medidas não estruturais e de melhorias da gestão da infraestrutura urbana relacionada com as águas pluviais.

“Estas medidas são instrumentos de planejamento que visam regulamentar a ocupação do solo em uma área urbana indicando medidas estruturais e não estruturais relacionadas ao sistema de drenagem que devem ser implantados, por exemplo, por empreendimentos como lojas, empresas, condomínios, residências e centros comerciais”, destacou. Esse, segundo Myrian Koifan, é uma das medidas traçadas no Plano.

 

Os dados obtidos na elaboração do PDDU vão direcionar, ainda, os novos projetos de drenagem urbana para Manaus levando em consideração as simulações realizadas nas 12 redes de drenagens. Esse novos projetos devem considerar, ainda, a intensidade, a duração e a frequência das águas pluviais.

O Plano Diretor de Drenagem Urbana estabelece, também, medidas para ampliação e elevação de pontes a exemplo do que já foi feito no bairro da Paz, zona Centro-Oeste. A nova ponte entregue em julho pela prefeitura na Rua Henoch Reis, por exemplo, foi construída dentro dessa nova perspectiva. Com tabuleiros de concreto e vigas metálicas, a ponte é mais alta que a antiga e a estrutura suporta mais a força das águas que passam no igarapé.

Outra medida apontada pelo Plano é a construção de reservatórios de detenção que podem ser aproveitados para atividades de lazer, através da implantação de quadras esportivas, campos de futebol e pistas de skate, por exemplo. “A ideia é fazer com que os espaços interajam com a comunidade e não sejam apenas caixas de concreto para retenção das águas da chuva”, explica.

A estrutura desses espaços deve garantir a permeabilização das águas pluviais. A construção de reservatórios deve redirecionar o fluxo das águas pluviais e evitar que parte seja direcionado para as redes de drenagem urbana nos igarapés. Estruturas semelhantes foram adotadas, por exemplo, em Teresina (PI), onde o Plano de Drenagem já está em execução.

A ampliação em pontos estratégicos nas seções transversais dos canais – igarapés – é outra medida proposta pelo plano. Esse tipo de ação visa aumentar a capacidade de escoamento e permitir o fluxo de toda vazão afluente das redes de drenagem.

Amazonianarede 

 

 

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