Planejamento familiar pode reduzir a gravidez na adolescência e prevenir DST, aponta estudo

09-09barrigaAutazes, AM – Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que nas últimas décadas do século passado, os programas de planejamento familiar foram responsáveis pela diminuição de um terço da fecundidade no planeta.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 120 milhões de mulheres no mundo desejam evitar a gravidez. Apesar disso, nem elas nem seus parceiros usam métodos contraceptivos, principalmente, no inicio da vida sexual.

No município de Autazes, distante 113 km de Manaus, uma pesquisa científica analisa a importância do planejamento familiar e da educação sexual na escola. A ideia é prevenir a gravidez na adolescência e o aparecimento de possíveis doenças sexualmente transmissível no município minimizando os impactos que são causas nessa fase da vida.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, professora Lucelle Dantas de Araújo, 95% da população de Autazes é fruto da falta de planejamento familiar, com isso houve uma desordem e surgimento os males da sociedade, que faz com a pesquisa seja expandida, a fim de analisar também os problemas secundários da desestrutura familiar do município. “É uma necessidade nossa, ampliar o aprofundamento do nosso estudo, já que é comum observarmos jovens envolvido em situações vulneráveis como uso e trafico de drogas, violência e abuso sexual e até o trafico humano no município, por isso queremos trabalhar a prevenção”, disse a pesquisadora.

O planejamento familiar e a educação sexual são temas polêmicos, mas segundo a cientista junior PCE, Nara Thomásia (18), são prioritários para uma vida sexual saudável e de melhor qualidade. “Falo isso, porque fico surpresa com os dados levantados no estudo. Somente este ano, pelo menos oito meninas com idades entre 10 e 16 anos engravidaram em Autazes. Identificamos que o período de maior incidência é nas ferias, quando os estudantes estão ociosos e ficam mais vulneráveis ao aliciamento, explicou a cientista PCE.

A pesquisa analisa ainda os casos identificados dentro da própria escola, onde é o foco de sensibilização e prevenção da gravidez precoce. Para os pesquisadores, apesar de importante, o estudo chega com um certo atraso, já que não conseguirá atingir esta geração, e sim, as futuras gerações do município. “Queremos que as próximas gerações não cometam os erros de hoje, o crescimento familiar desordenado, já que isso estar ligado geralmente, ao histórico dos pais˜, disse a cientista junior PCE, Jeffita Dantas, que garante empenho para alcançar os objetivos da pesquisa.

Desde 2007 o Brasil conta com a Política Nacional de Planejamento Familiar. Apesar disso, em municípios pequenos como Autazes, a maior parte dos habitantes ainda não têm acesso aos métodos contraceptivos gratuitos. A pesquisa deve ser concluída no final deste ano e os resultados publicados em uma revista científica da área.

Fonte: Ascom

 

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