MANAUS – Os técnicos da Controladoria Geral da União devem levar de um a dois meses para analisar e periciar os documentos apreendidos durante a operação Cauxi, em Iranduba, no último dia 10 de novembro.
A abertura dos lacres foi realizada nesta terça-feira (17) pela coordenação do Gaeco- Grupo de Atuação EspecialRegional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado- do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM).
Ao todo, cerca de 50 pacotes de plástico contendo farto material, entre DVDs,computadores, celulares e documentos, foram abertos na presença dos advogados das partes envolvidas na investigação.
Os primeiros lacres foram referentes ao material apreendido no gabinete do Prefeito afastado, Xinaik Medeiros. A abertura e conferência dos pacotes foram acompanhadas pela prefeita em exercício de Iranduba, Maria Madalena de Jesus Souza, e o atual procurador do município, como partes interessadas no caso.
De acordo com o coordenador do Gaeco, Mauro Veras Bezerra, o resultado da perícia sobre toda essa documentação pode reforçar provas da existência e atuação da organização criminosa criada para fraudar licitações na prefeitura e desviar dinheiropúblico.
Cassação
A operação Cauxi apurou o desvio de mais de R$ 56 milhões em verbas públicas na prefeitura de Iranduba, num esquema que envolvia o prefeito Xinaik Medeiros, a imã dele, Nádia Medeiros, o secretário de economia e finanças do município, David Queiroz, o chefe da comissão geral de licitação, Edu Correa Souza, e o secretário de infraestrutura do município, André Maciel Lima.
A descoberta das fraudes levou a população de Iranduba a se mobilizar pela cassação do prefeito, aceita nesta terça-feira pela Câmara de Vereadores de Iranduba. EMTEMPO