Partido faz ‘concurso’ para escolher candidatos para 2018

Com a pregação de renovar a política, o Partido Novo, representante assumido da “nova direita”, iniciou nesta semana um processo seletivo para formar sua lista de candidatos para as eleições de 2018.

Numa ação que lembra as fases de um concurso público, o Novo quer identificar pessoas sem histórico na política, de preferência oriundas do setor privado, para empunharem suas bandeiras liberais na disputa para o Congresso Nacional.

“A eleição de João Doria em São Paulo e outros de perfil semelhante no ano passado encorajaram as pessoas a tentarem a política. Isso mostrou que você não precisa ter base eleitoral ou cacife político prévio para se candidatar”, diz João Dionísio Amoêdo, presidente nacional do Novo.

O partido fez algo semelhante para escolher seu time para a eleição municipal de 2016. Participaram da peneira 590 pessoas, que resultaram em 140 candidatos em cinco cidades. Foram eleitos quatro vereadores.

Agora, a intenção é aprofundar essa ideia, focando nos cargos do Legislativo federal. Com orçamento limitado, o recém-criado partido, que surgiu em 2015, adotará a prática em 13 Estados, mais o Distrito Federal. Também deixou o Executivo de fora, por enquanto.

Longo, o vestibular do partido tem cinco fases e exige dedicação e vontade -a começar pela disposição em pagar uma taxa de inscrição de R$ 600.

Começa com uma prova de múltipla escolha para testar a adesão do pretendente aos princípios da legenda, baseados na crença do Estado mínimo e defesa das privatizações. Mais adiante, num vídeo de dois minutos, o candidato precisa explicar o que espera da política. Em tempos de Doria e dominância das redes sociais, não basta o conteúdo: é fundamental saber se expressar.

Seguem-se entrevistas e a parte prática: tarefas de campo, atividades de rua e reuniões políticas. Quem sobreviver estará apto a ser candidato no ano que vem.

Segundo Amoêdo, não há uma meta mínima de número de interessados que o partido espera atrair com seu método sui generis. Mas ele espera que a crise política e o avanço da Lava Jato ajudem a propagar o Evangelho da mudança política. “Entendemos que essa tem de ser uma prioridade hoje”, afirma.

AMAZONIANAREDE-FOLHAPRESS

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