Parentes de vítimas do avião abatido na Venezuela reclamam do Itamaraty

O avião foi abatido no último domingo (24) pela Força Aérea Venezuelana quando retornava para o Brasil
O avião foi abatido no último domingo (24) pela Força Aérea Venezuelana quando retornava para o Brasil
O avião foi abatido no último domingo (24) pela Força Aérea Venezuelana quando retornava para o Brasil

O tio do ‘co-piloto’ do avião que foi abatido na Venezuela no último domingo (24), Anselmo Rodrigues, afirmou na manhã desta quinta-feira (28), em entrevista a uma rádio local, que o Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty) não estaria ajudando na questão da liberação do corpo do sobrinho, Fernando Silva, 29.

Conforme o tio, a família foi até o Consulado da Venezuela em Manaus para tomar providências em relação ao traslado do corpo, mas foi informada que quem resolveria a situação seria o Itamaraty. Os familiares, então, fizeram contato com a pasta para tratar dos tramites legais, mas até agora não obtiveram retorno.

“”Fizemos contato por e-mail e telefone. Falamos com senhor identificado como Cláudio que comunicou que iria entrar em contato com a gente. Só que até agora não foi resolvido nada”, contou.

aviao-abatido-venezuela-02Em nota enviada ontem (25) ao EM TEMPO Online, o Itamaraty explicou que quanto à liberação dos corpos das vítimas prestariam ajuda assim que as famílias entrassem em contato. A pasta informou ainda que, apenas, não poderia arcar com as despesas do traslado, pois isso seria de responsabilidade dos familiares, mas que o governo auxiliaria com o levantamento das despesas funerárias.

Na manhã desta quinta-feira, a reportagem entrou novamente em contato com a assessoria do Itamaraty para questionar os procedimentos, mas até o momento desta publicação não obtive a resposta que ficou de ser enviada por meio de nota.

A reportagem também entrou em contato com Consulado da Venezuela em Manaus, mas eles preferiram não se pronunciar sobre o assunto, dizendo que apenas o Itamaraty poderia resolver a situação.

Não era piloto

Anselmo Rodrigues também revelou que o sobrinho Fernando não era piloto e não tinha o documento que dá permissão para pilotar aviões, o ‘Brevê’. Ele afirmou que soube por outros parentes que o rapaz estaria fazendo o curso de aviação, mas que a família iria ao Aéreo Clube do Amazonas para confirmar a história.

Sem dar notícias à família há três meses, a vítima era de Capanema (PA) e morava há dois anos em Manaus (AM), onde trabalhava como carregador de carretas que fazemviagens para Boa Vista (RR).

aviao-abatido-venezuela-03O tio disse ainda que as mortes do rapaz e do piloto Klender Hideo De Paula Ida, 24, devem ser investigadas pelas autoridades brasileiras, pois acha muito estranho drogas, documentos e até pertences pessoais das vítimas estarem intactas após a destruição do avião.

O pai do piloto, Kimy Hideo, embarcou para a Venezuela e também tem dúvidas sobre o incidente que vitimou o filho. “Ele era piloto, mas nunca chegou com nada suspeito em casa e nem se envolveu com essas coisas. É um pouco estranho como eles colocaram na mídia venezuelana. Tenho duvidas sobre esse incidente, especialmente porque os documentos e drogas estavam intactas e o avião todo despedaçado. Isso é muito estranho”, comentou.

Segundo o irmão de Klender, Tiago Iasuo, 21, o pai foi à Venezuela juntamente com o padrasto do rapaz. A intenção é confirmar se o corpo de Klender está lá, visto que, até o momento, ninguém soube da informação sobre o paradeiro da vítma.

Ainda segundo Tiago, o irmão não era usuário de drogas e a família não sabia do envolvimento dele com Fernando. “Ele trabalhava como piloto para quem contratava o serviço dele. Nós da família acreditamos que essa droga era do Fernando ou de outra pessoa que o tenha contratado para realizar o voo”, disse o rapaz. EMTEMPO

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