Manaus – O delegado da Policia Federal. Domingos Sávio, que comanda a Operação Sol Dourado, que fez apreensões de documentos e computadores no setor de Comunicação da Câmara Municipal de Manaus, comandada pelo jornalista Hiel Levy, que também chefiou a Agência de Comunicação do Governo do Estado por um longo período, explicou que a operação começou a ser desenhada logo após o fim da Sol Dourado I, que aconteceu em 30 de março deste ano. “Surgiram novos elementos e levaram a esses onze mandados de busca e apreensão expedidos pela PF. É uma operação complexa, que envolve análise de movimentação financeira”, explica.
Ainda segundo as investigações da PF, há indícios de supostas irregularidades em contratos de publicidade em que era utilizada a empresa de nome Sistema de Comunicação Sol para fornecimento de notas fiscais com indícios de falsificação em licitações, utilizando-se a Fundação Muraki.
Ainda de acordo com Sávio, até o momento não foram apreendidas quantias em dinheiro e não aconteceram prisões.
Procurada pela reportagem, a Fundação Muraki negou qualquer envolvimento com a Operação Sol Dourado II. “Não temos absolutamente nada a ver com ela. Fomos envolvidos em função de termos um contrato com uma agência de comunicação que possuía um vínculo com outra. Era um esquentamento de notas entre eles”, defendeu-se o diretor da fundação, Paulo Alcântara.
O diretor de comunicação da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Hiel Levy, informou que equipes da PF estavam na sede da CMM, mas não soube dar detalhes dos materiais apreendidos durante a ação. “Estou ainda me inteirando sobre o motivo disso”, informou.
DEFESA NO BLOG
Pouco depois, Levy lançou uma nota no blog que possui sobre o assunto: “Eu e minha família passamos hoje pelo maior constrangimento de nossas vidas. Policiais federais, de posse de um mandado de busca e apreensão, vasculharam minha casa e minha sala na Câmara Municipal de Manaus.
Estavam em busca de dinheiro, joias, carros de luxo, documentos ou provas que me liguem à Operação Sol Dourado, em que investigam a emissão de notas frias por uma empresa de comunicação com a qual nunca tive qualquer relação. Puderam constatar que, ao contrário do que dizem meus detratores, vivo uma vida modesta e sem luxos. Levaram meu computador pessoal e meu lap top. Tão somente.
O mesmo ocorreu na Câmara. No meu período na direção da Agência de Comunicação do Governo nenhuma nota fria foi emitida pelas agências que prestavam serviços e que eu saiba elas também não contrataram serviços fictícios”, disse.