O Grupo vendia lotes em invasões. Quando moradores não pagavam mensalidade e serviços como água e luz, eles os ameaçavam de morte e os obrigavam a vender drogas.
Manaus, AM – O número de presos durante a operação “Cidade das Trevas” subiu para nove pessoas, segundo a atualização feita pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), nesta terça-feira (14). Um chefe do grupo e suspeito de comandar invasões de terra em Manaus está entre os presos.
Segundo a polícia, o grupo criminoso é suspeito de praticar crimes como tráfico de drogas, venda ilegal de terrenos e milícia nas invasões Cidade das Luzes, na Zona Oeste de Manaus e Buritizal, na Zona Norte da cidade.
Venda de lotes
De acordo com o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, o grupo vendia lotes para pessoas morarem nas invasões. Quando os moradores não pagavam uma mensalidade e valores de serviços como água, luz e internet, eles os ameaçavam de morte e ainda os obrigavam a vender drogas.
“As denúcias começaram em janeiro e demos início às investigações. O objetivo era desmantelar um grupo de milícias que atuam na periferia de Manaus. Nove milicianos foram presos, que cometiam o crime”, disse o secretário.
Ainda conforme Bonates, havia barricadas para impedir o acesso nas entradas das invasões. Os policiais tiveram que derrubá-las com tratores, para entrar nos locais e cumprir os mandados de prisão.
Apreensões
Ao total, sete carros, 30 celulares, R$16,1 mil foram apreendidos durante a operação. Diversos documentos usados pelos suspeitos para a venda indevida dos terrenos também foram apreendidos.
Bonates informou ainda que os moradores das invasões que foram vítimas do grupo devem participar de um cadastro social para receberem moradia.
O secretário informou ainda que a polícia procura um possível cemitério clandestino na região do Tarumã, que pode ser utilizado pela milícia. Até o momento, a informação ainda é averiguada pela polícia.
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