A decisão do magistrado causou revolta nos seis advogados que faziam a defesa dos réus e já tinham como certa a absolvição por falta de provas
Manaus, AM – O surgimento de nova testemunha de grande relevância para o caso em julgamento referente à Operação Alcateia, de acordo com o Ministério Público (MP-AM) levou o juiz Mauro Antony a desmanchar o conselho de sentença e anular o julgamento dos policiais militares no segundo dia do júri.
A decisão do magistrado causou revolta nos seis advogados que faziam a defesa dos réus e já tinham como certa a absolvição por falta de provas. Estes chamaram a decisão de “manobra do Ministério Público”, já que a testemunha apareceu quando havia pouco tempo para terminar o júri.
O promotor de justiça Igor Starling, que prefere manter em sigilo o nome da testemunha, disse que ela já existia e que só agora decidiu falar e deverá ser incluída no Programa de Proteção a Testemunha (Provita). De acordo com o promotor, além da inclusão da testemunha no processo, o cancelamento do júri vai servir para esclarecer alguns fatos.
Defesa
A defesa quer entender é porque, depois de ter passado quatro anos de instrução processual, só agora apareceu está testemunha.
O juiz Mauro Antony disse que a testemunha será qualificada e interrogada no processo e a defesa vai poder contraditá-la e só depois será marcado um novo júri.
Os três PMs são réus da Operação Alcateia, ocorrida em novembro de 2015, que investigou a série de homicídios ocorridos em diversos bairros de Manaus, a partir da madrugada de 18 julho de 2015, episódio que ficou conhecido como “Final de Semana Sangrento”.
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